Mostrando postagens com marcador Depeche Mode. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Depeche Mode. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 31 de agosto de 2023

PLAY: Aja Monet, Algiers, Altin Gün, Anohni, Depeche Mode, Oxbow



O blog andou ausente, mas é hora de destacar o que de melhor escutamos até o momento, neste já avançado 2023:



AJA MONET


A escritora e ativista Aja Monet lançou seu primeiro e surpreendente álbum. Suas poesias fluem por um spoken word muito próprio, se aproximando do experimental, e não à toa contando com os vocais de Lonnie Holley, Eryn Allen Kane, Saul Williams, Novena Carmel (filha de Sly Stone) e instrumental de primeira com Christian Scott (hoje Chief Xian aTunde Adjuah, trompete), Luques Curtis (baixo), Elena Pinderhughes (flauta), Samora Pinderhughes (piano), Marcus Gilmore e Weedie Braimah (bateria/percussão).


Aja Monet - "When The Poems Do What They Do" (2023)





ALGIERS


O Algiers já foi citado no blog e já trilhava um caminho muito interessante, sendo que a variedade de temas dentro de um mesmo álbum hoje já supera bandas também inovadoras do post punk como Idles, Shame e mesmo o experimental Black Midi.


Com este disco coroam de vez sua sonoridade única, inclusive com convidados do calibre de Zack De La Rocha, Nadah El Shazly, Billy Woods e Backxwash:


Algiers - "Shook" (2023)





ALTIN GUN


É de se ressaltar que tal qual o moderno 'desert rock' (em suas inúmeras facetas e características regionais), e de outras conhecidas vertentes que vão do psicodélico/space rock, da surf music e do klezmer judaico (algo que vemos nas obras de John Zorn, dos Secret Chiefs 3 e mesmo em discos recentes do Subterranean Masquerade ou da sensação Black Country New Road), também volta à cena o chamado Anatolian Rock, o 'rock turco', sempre nesse amálgama com o pop/rock psicodélico.


Hoje, ao lado do Altin Gün (banda holandesa, mas que conta com membros turcos ou descendentes), temos em evidência as cantoras Gaye Su Akyol e Derya Yildirim (sendo que o Altin Gun também conta com uma mulher nos vocais, Merve Dasdemir), o grupo Replikas, o Şatellites (de Israel, também com uma mulher nos vocais, Yuli Shafriri), e até mesmo bandas como a francesa Gondhawa, o israelense Ouzo Bazooka, e podemos seguir por variados elementos do médio oriente passando por lançamentos recentes de Arooj Aftab, Elaha Soroor, Eerie Wanda, Emel Mathlouthi, Nadah El Shazly, Naissam Jalal, Maryam Saleh, Maurice Louca, Sona Jobarteh, Ammar 808, Deena Abdelwahed, Fatima Al Qadiri, Hieroglyphic Being, Jerusalem In My Heart, Ibrahim Maalouf, Sven Wunder, Yazz Ahmed, dentre tantos...


E de tantos citados, o novo disco do Altin Gün vem definitivamente para as cabeças, ao lado de seu já bem sucedido "On" (2018):


Altin Gün - "Ask" (2023)





ANOHNI & THE JOHNSONS


Álbum especial trazendo o retorno de Anohni Hegarty, que já havia liberado o absurdo disco solo "Hopelessness" (2016), mas desta vez retomando a parceria com seu grupo (antes "Antony And The Johnsons"), de vitoriosa carreira na primeira década deste século.


A obra não é menos do que se podia esperar, visceral, carregadíssima em seus vocais emocionais e únicos, trazendo na capa a face da ativista americana LGBT+ Marsha P. Johnson:


Anohni And The Johnsons - "My Back Was A Bridge For You To Cross" (2023)





DEPECHE MODE


Aqui a emoção também toma outro nível. Se um disco do DM é sempre um marco e garantia de qualidade, este álbum de 2023 alcança outro patamar quando lembramos do precoce falecimento de Andy Fletcher em 2022. Já tratamos no blog de alguns importantes discos recentes de David Bowie, Leonard Cohen, Nick Cave, Phil Elverum, ambientados em mortes... e aqui temos mais uma obra marcante, a qual, segundo a dupla Gahan e Gore, tem lamento e pesar, mas também celebração e alegria:


Depeche Mode - "Memento Mori" (2023)





OXBOW


Por fim, o caótico experimental noventista Oxbow, dos insanos Eugene Robinson e Greg Davis, teve grande retorno em 2017 com o aclamado "Thin Black Duke". Desta vez, assinam simplesmente com a Ipecac Recordings e trazem Kristin Hayter (Lingua Ignota) e Roger Joseph Manning Jr. à frente.


Oxbow - "Love's Holiday" (2023)



sábado, 19 de setembro de 2020

SPECIAL: DÉCADAS DE 80 / 90 (1979-1999)





Após fazer o especial com a timeline do chamado "rock'n roll" como o conhecemos e tratamos (anos 60 e anos 70), havíamos traçado um limite que se iniciou mais ou menos no ano de 1962. Conforme ali dissemos, não adentrando a fundamental e riquíssima origem negra do rock, advinda do blues, do soul e do jazz - muito embora tenhamos citado os principais lançamentos de ambos os estilos e dos braços que se esticaram pelo funk, pelo reggae, pela música experimental, etc - e nem mesmo Elvis Presley foi devidamente mencionado.


1962/1963 pareceu traçar uma linha fundamental pelo surgimento e lançamento de 3 artistas basilares: Bob Dylan, Beach Boys e Beatles. Dali para frente tudo foi história no rock do modo como o conhecemos e estruturamos hoje.


Já o limite "final" daquela matéria se deu em 1978. E aqui alguma aleatoriedade nos tomou conta, pois praticamente anexamos 1979 à década de 80. Explicamos: o aparecimento de nomes como Alan Parsons, Blondie, The Cars, The Clash, The Damned, Dead Boys, Devo, Duncan Mackay, The Fall, Gang Of Four, Gary Numan, Japan, Joy Division, Midnight Oil, Pere Ubu, Public Image Ltd., Ramones, R. Stevie Moore, Siouxsie & The Banshees, The Specials, Suicide, Talking Heads, Television, XTC... traziam uma verdadeira revolução para a segunda metade da década de 70, que já formava a essência do que seria uma new wave tipicamente oitentistas.




Além disso, o direcionamento na carreira de nomes como Queen, o ex-Velvet Underground Lou Reed, o ex-Stooges Iggy Pop e o camaleão Bowie davam a dica, passando pelo legado glam trazido por grupos como T-Rex e New York Dolls, além da sofisticação prog rock que flertava com o pop/radiofônico (desde Journey, Styx, Kansas, até mesmo o Rush), e que ora ganhava um corpo tipicamente heavy/hard com AC/DC, Aerosmith, Alice Cooper, Kiss, Van Halen, Whitesnake, The Who...




Não vamos ignorar que, paralelamente, nomes ultraprodutivos e criativos se lançavam cada vez mais com obras instigantes, tais como Brian Eno, Bryan Ferry e Phil Manzanera (Roxy Music), Peter Gabriel (Genesis), Kevin Ayers, Robert Wyatt e Allan Holdsworth (Soft Machine), Peter Hammill (Van Der Graaf Generator), Joe Zawinul e Jaco Pastorius (Weather Report), Bill Bruford (Yes, King Crimson, Genesis), Dave Greenslade (Colosseum), Billy Cobham (Mahavishnu Orchestra), Al Di Meola e Lenny White (Return To Forever), Pat Metheny, Todd Rundgren, dentre tantos.


Novas bandas e projetos nasceriam, novos grupos recorreriam à vanguarda para a produção de seus álbuns, novos estilos surgiriam de experimentos e uniões:




DO CLASSIC AO HARD/GLAM

Aqui, clássicos já citados como AC/DC, Aerosmith, Alice Cooper, Deep Purple, Kiss, Scorpions, Thin Lizzy, Van Halen, Whitesnake e Who encontraram uma nova definição do que seria o hard oitentista, que conheceria grupos como Bon Jovi, Cinderella, Dokken, Guns'N Roses, Mötley Crüe, Mr. Big, Nazareth, Poison, Ratt, Skid Row, Twisted Sister, Winger... e bandas como Def Leppard, Rainbow e UFO na ponte entre o classic hard rock e a NWOBHM.







MELODIC ROCK / AOR

Alguns dos grupos acima mencionados tiveram álbuns ou composições muito ligadas a este outro jeito de fazer rock. Aqui, ganham frente Asia, Boston, City Boy, Journey, Europe, Foreigner, Kansas, REO Speedwagon, Survivor, STYX e Toto. Bandas tipicamente do hard (vistas acima) e do prog rock também se enveredaram pelo estilo, como os gigantes Genesis, Marillion e Rush - mesmo o Pink Floyd e a carreira de alguns de seus integrantes não podem ser ignoradas.

O classic rock de bandas/artistas como Alan Parsons, Autograph, Bruce Springsteen, Elvis Costello, Heart, Magnum, Meat Loaf, Peter Frampton, Robin Trower, Rod Stewart, Saga ou Tom Petty facilmente se encaixam por igual no estilo.







DO ART ROCK / POWER POP AO INDIE

Se o assunto é a grandiloquência radiofônica do rock a serviço do pop da época, temos que eleger aqui alguns suprassumos deste âmbito: a dupla David Bowie e Iggy Pop, os ícones Dylan, McCartney e Stones, o fenômeno sueco ABBA, o fenômeno punk Ramones, a sofisticação de Kate Bush, Lou Reed, Patti Smith, Paul Simon, Peter Gabriel, The Police, Leonard Cohen, Roxy Music, Scott Walker, Talking Heads, Tom Waits ou Yoko Ono.

Dois gigantes ainda surgiriam, o Michael Jackson após "Off The Wall" (1979) e a diva Madonna, respectivamente rei e rainha do chamado "pop". Nisso, também A-Ha, Duran Duran, Laurie Anderson, Nick Cave, Prince, Suzanna Vega, Tears For Fears e U2 se destacaram, ao encontro da new wave, do synth pop ou de experimentalismos em diversos estilos.

A partir do fim dos anos 80, toda a sofisticação mencionada influencia diretamente artistas como Blur, Dave Matthews Band, Fiona Apple, Kyuss, Nine Inch Nails, Oasis, PJ Harvey, Placebo, Radiohead, REM, Smashing Pumpkins, Sonic Youth, rumo a novos caminhos independentes (e aqui podemos incluir outro braço tipicamente alternativo, criativo e influente que gerou nomes como MBV, Jesus And Mary Chain, Pavement, Pixies, Primal Scream, Pulp, Ride, Slint, Slowdive, etc).







NEW WAVE / SYNTH / GOTH ROCK / POST PUNK

Aqui a seara é bem mais soturna e intimista. Os graves e sintetizadores tomam vida e nascem nos anos 80 Bauhaus, Christian Death, Cocteau Twins, The Cure, Dead Can Dance, Depeche Mode, Japan, Joy Division, New Order, Siouxsie & The Banshees, The Sisters Of Mercy, The Smiths, até o The Cult na verve mais classic rock e os já citados A-Ha, Duran Duran, TFF e U2 na verve mais pop.

O terreno aqui poderia se tornar mais fértil ao som ambiente, ao etéreo, ao post punk, ao folk ou à mais visceral sonoridade industrial, conforme veremos.







HEAVY METAL

O heavy mais clássico, conforme o conhecemos, advém do classic/hard rock e se formou por meio de muitos dos artistas citados já acima, mas sempre com respeito à tríade Black Sabbath, Iron Maiden e Judas Priest. Do Sabbath, não podemos ignorar as icônicas e influentes carreiras solo de Ozzy Osbourne e Dio. O Motörhead e o Mercyful Fate (inclusa a carreira solo de King Diamond) também costumam se somar neste pódio.

A frente alemã é igualmente forte e nos trouxe Running Wild, Grave Digger, Rage e sua banda mais clássica, o Accept de UDO Dirkschneider. O braço americano trouxe Manowar, Virgin Steele, e mais recentemente o Iced Earth. Yngwie Malmsteen é o virtuoso guitarrista sueco, ex-Alcatrazz e muito ligado ao hard, mas também ao metal neoclássico.

De volta ao Reino Unido, o Saxon é outro produto referencial da NWOBHM (tantos outros ainda citaremos), assim como, bem mais macabro e dando uma espécie de pontapé inicial a formas mais extrema, nasce o Venom.







THRASH / SPEED

A barreira entre o heavy tradicional, pendendo ao power/speed e ao que seria o thrash, já enfrentamos por aqui. Mas no estilo como o conhecemos mais tradicionalmente, sempre nos remetemos ao Big 4 americano de Metallica, Megadeth, Slayer e Anthrax, coadjuvados por nomes tão fortes quanto, como Exodus, Testament e Overkill. O Pantera deu o passo em direção ao que seria o groove/alt metal. Assim como os brasileiros do Sepultura correram por fora (e após o projeto Soulfly, de Max Cavalera).

Também não pode ser esquecida a tríade alemã com Kreator, Destruction e Sodom, assim como o canadense Annihilator, de Jeff Waters. Nevermore, Machine Head, Meshuggah, dentre outros, veremos a seguir.







POWER / MELODIC

Aquela forma clássica de se encarar o heavy mais tradicional teve um capítulo muito próprio, que não enveredou propriamente ao speed/thrash, e ainda era um passo anterior ao que seria o "prog". Adeptos do estilo sinfônico, ora neoclássico, saturado em melodia, vieram nomes como Helloween, Gamma Ray, Blind Guardian, Edguy, Hammerfall, Nightwish, Rhapsody e Stratovarius. Todos essenciais ao longo do fim dos anos 80 até a virada do milênio.







PROG METAL

Aqui entramos em uma das áreas favoritas do blog, vez que muitos grupos diversificaram sua sonoridade no final dos anos 80, vindos tanto da escola do prog rock clássico como do heavy que se estabelecia. Mais técnicos, mais teatrais, investindo em conceitos e nas múltiplas influências que batiam até mesmo no jazz fusion, temos a vanguarda progressiva de Dream Theater, Fates Warning, King's X, Queensrÿche, Savatage, Crimson Glory e Watchtower, indo até o brasileiro Angra, o megaprojeto Ayreon de Arjen Lucassen, e nomes como ARK, Conception, Evergrey, Kamelot, Pain Of Salvation, Porcupine Tree (de ninguém menos que Steven Wilson), Royal Hunt, Threshold e Symphony X.







GOTHIC METAL

Abriremos essa categoria, pois novamente é um subestilo muito próprio criado a partir tanto do metal sinfônico, ora quase extremo, mas também advindo da darkwave oitentista. Aqui temos o referencial Candlemass (e todo o braço que deu origem ao doom, stoner, sludge, cuja sobras citaremos), a tríade inglesa Anathema, Paradise Lost e My Dying Bride, além de The 3rd And The Mortal (da vocalista Kari Rueslatten), Amorphis, Atrocity, The Gathering (de Anneke Van Giersbergen), Katatonia, Lacrimosa (de Tilo Wolff), Moonspell, Theatre Of Tragedy (de Liv Kristine), Therion (de Christofer Johnsson), Tiamat, Tristania, Type O'Negative, dentre muitos que trataremos.







90's HARD / GRUNGE / ALT / NU

O que seria o classic ou hard rock nos anos 90, que tradicionalmente colocamos em oposição ao "hair metal" (ou que ficou calcado como hard/glam, que já mencionamos acima), se desenvolveu em muito por meio do chamado "grunge" - esse garage rock que explodiu pelo quarteto Nirvana, Pearl Jam, Alice In Chains e Soundgarden (com honorável menção ao Screaming Trees, de Mark Lanegan, assim como Stone Temple Pilots, Mudhoney e até o experimental Melvins também dão as caras). O Foo Fighters seria um derivado na segunda metade da década, já fora do estilo, mas muito centrado na carismática figura de Dave Grohl.

Alternativamente, mais ousados e criativos, Extreme e Living Colour traziam algo do hard oitentista, o Faith No More explodia a partir da entrada de Mike Patton (ex-Mr. Bungle), e emergiam ainda Red Hot Chili Peppers, Rage Against The Machine, Jane's Addiction, Primus e Tool. Para a segunda metade dos anos 90, Deftones, Korn, Machine Head, Slipknot e System Of A Down (e aqui descontando artistas mais tipicamente de um rock industrial como Marilyn Manson, Ministry, NIN, Rammstein ou Rob Zombie) moldariam uma cena muito específica do assim chamado "nu metal" - à época tido como polêmico, mas com grupos que se tornaram bem mais que isso.







AVANT GARDE

Falaremos aqui muito mais do heavy metal de vanguarda, mas citaremos obras de toda a cena no wave, drone, ambient, experimental, free jazz nas próximas postagens.

No âmbito heavy, mencionamos o Mr. Bungle de Mike Patton (de Fantômas, Tomahawk, sua aproximação de John Zorn e tantos outros projetos), acima, e toda aquela essencial cena americana que tinha o Faxed Head, desaguaria em grupos como o Secret Chiefs 3 e se ramificaria por nomes como Trey Spruance, Shahzad Ismaily, Trevor Dunn, Marc Ribot, Carla Kihlstedt, Eyvind Kang, Nils Frykdahl, Moe! Staiano, Gregg Turkington, Timb Harris, Toby Driver, Ches Smith, dentre tantos.

Para além deles, dentre os mais extremos, megalomaníacos e/ou ultra técnicos, tivemos Alboth!, Atheist, Cathedral, Cynic, Death, The Dillinger Escape Plan, Edge Of Sanity, Godflesh, Gorguts, Meshuggah, Neurosis, Opeth, Strapping Young Lad (do genial Devin Townsend, ex-Steve Vai), Swans, Ulver, e os já citados Tool e A Perfect Circle.

Poderíamos citar muitos artistas advindos do que seria o black metal, aqui não enfrentado, como Arcturus, Bathory, Celtic Frost, Emperor, OLD, Sigh, ou por exemplo Coroner, Nevermore e Voïvod, grupos advindos do thrash.






No próximo post, não trataremos dos grupos aqui relacionados, mas iremos além deles, numa grande lista de referências diversas do que foram os anos 80 e 90...


ver continuação



quinta-feira, 28 de março de 2019

SPECIAL: MELHORES DA DÉCADA (4)




Íamos adentrar um especial ano a ano para cobrir a década (musical) que se encerra, mas quisemos fazer mais um capítulo da saga de destaques gerais. Nas mesmas regras que os capítulos anteriores (ver partes um, dois e três), citando artistas com dois ou mais lançamentos no período:



31- TRENT REZNOR & ATTICUS ROSS


A dupla do Nine Inch Nails teve um início de década literalmente vitorioso, ao vencer nada menos que o Oscar pela trilha do filme "A Rede Social" ("The Social Network"). Dentre outras, ainda destacamos a trilha de "Os Homens Que Não Amavam As Mulheres" ("The Girl With The Dragon Tattoo"), em 2011. Ainda na mesma época, o projeto How To Destroy Angels emplacou seus dois primeiros EPs, culminando com o full length "Welcome Oblivion", de 2013. Se você acha que o NIN deixou por menos, "Hesitation Marks" (2013) e "Bad Witch" (2018) mostraram faces bem diferentes de um mesmo e já clássico grupo:








32- GREG PUCIATO


Este é outro que atacou por todos os lados. Participação no épico "Deconstruction" de Devin Townsend, em 2011, naquela mega seleção da vanguarda moderna do heavy metal que já citamos por aqui. Ainda visitou discos de grupos como Soulfly, Architects e Lamb Of God. Enquanto líder, lançou dois petardos gigantescos com o Dilliger Escape Plan, banda que infelizmente anunciou seu fim. Mas longe de ser o fim da criatividade do rapaz, o projeto eletrônico The Black Queen brilhou com dois lançamentos pra lá de instigantes, assim como seu supergrupo Killer Be Killed:








33- KAMAAL WILLIAMS


Aqui e ali citamos algumas mentes criativas do jazz moderno a la Robert Glasper, Jason Moran, Brad Mehldau, Cameron Graves, Miles Mosley, Aaron Parks, Vijay Iyer... e como não citar Kamaal Williams? "The Return" (2018) foi mais um capítulo vitorioso na década, embora resida em "Black Focus" (2016), disco ao lado do percursionista Yussef Dayes, um dos grandes clássicos modernos do estilo:








34- DÄLEK


Havíamos citado aqui como um dos destaques silenciosos do hip hop mundial, vez que seu último disco de estúdio havia sido "Gutter Tactics" de 2009. Entretanto, o duo (o DJ Dalek, Will Brooks, ao lado de Alap Momin, o Oktopus) se revelou produtivo e lançou logo duas obras avassaladoras em anos seguidos: "Asphalt For Eden" (2016) e "Endangered Philosophies" (2017). Não bastasse, conforme citamos aqui, Dälek encabeçou o projeto Anguish, de 2018, ao lado de Mats Gustafsson (Fire!, The Thing) e o tecladista Hans Joachim Irmler (Faust). Absurdo:








35- DEPECHE MODE


Não tão falados, mas é incrível como o grupo ainda lança discos de altíssima qualidade. Não há um disco sequer abaixo da média. Na década atual, "Delta Machine" (2013) e "Spirit" (2017) fizeram valer o status de uma das maiores bandas de todos os tempos. Sem tempo a perder, Dave Gahan e sua inconfundível voz emplacaram dois lindos discos ao lado do Soulsavers: "The Light The Dead See" (2012)  e "Angels & Ghosts" (2015):








36- KAMASI WASHINGTON


Não falaremos de jazz na década sem falar de "The Epic" (2015) e "Heaven And Earth" (2018). Destaque também em "To Pimp A Butterfly" de Kendrick Lamar, e não à toa associado a nomes como Flying Lotus, Thundercat, Miles Mosley, Cameron Graves, Terrace Martin e Ronald Bruner Jr...







37- CONVERGE


Após "All We Love We Leave Behind" (2012) e "The Dusk In Us" (2017) está muito difícil de enquadrar o som complexo e caótico do grupo americano. Épicos absurdos, crueza e densidade na medida certa:








38- ONEOHTRIX POINT NEVER


Falamos de Actress e Jlin, então como não destacar Daniel Lopatin já ao lado de nomes como Aphex Twin, Autechre, Squarepusher, Amon Tobin, vindo até Tim Hecker, Jon Hopkins ou Nicolas Jaar:








39- PORTAL


Citamos por aqui algum heavy metal essencial da década, como DEP, Devin Townsend, Opeth, Shining, Agalloch, Alcest, Converge, Mastodon... e poderíamos complementar com nomes de destaque como Amenra, Anaal Nathrakh, Anathema, Animals As Leaders, ASIWYFA, Author & Punisher, Baroness, Behemoth, BTBAM, Car Bomb, Deafheaven, Deathspell Omega, Diablo Swing Orchestra, Enslaved, Fen, Frontierer, GodMother, Gojira, Grave Pleasures, Hail Spirit Noir, Igorrr, Ihsahn, Krallice, Lamb Of God, Manes, Meshuggah, Moonspell, Nachtmystium, Nails, Ne Obliviscaris, Oceans Of Slumber, Oranssi Pazuzu, Pain Of Salvation, Pallbearer, Panopticon, Paradise Lost, Periphery, Prurient, Rotting Christ, Sepultura, Sigh, SUP/Supuration, Sumac, Swallow The Sun, Tesseract, Triptykon, Ulver, YOB, Zeal & Ardor, dentre tantos, contando carreiras solo e projetos paralelos... e ainda assim, resumiremos ao ótimo grupo australiano PORTAL uma de nossas últimas vagas nessa lista:








40- MITSKI


Aqui também, dentre tantas mulheres, revelações fantásticas da década, outra das melhores a disputar o posto!








BONUS: stoner psychedelic rock


Rock psicodélico, o revival do stoner, ora puxado para o noise, o post, o folk, o indie rock, o pop... ou até mesmo para o mais profundo funeral doom metal.


Nessa miscelânea, temos A Place To Bury Strangers, The Amazing, Bardo Pond, The Black Angels, Black Mountain, Black Rainbows, Black Rebel Motorcycle Club, Blues Pills, Brant Bjork, The Brian Jonestown Massacre, Cass McCombs, Chris Forsyth, Conspiracy Of Owls, Deerhoof, Deerhunter, Ecstatic Vision, Foxygen, Garcia Peoples, Ghost, Graveyard, The Horrors, Jacco Gardner, Jess And The Ancient Ones, Jex Thoth, Kadavar, Karma To Burn, King Buffalo, King Gizzard & The Lizard Wizard, Kylesa, Mac DeMarco, Meat Puppets, Mondo Drag, Monkey3, Narrow Head, Oneida, RMFTM, Royal Thunder, Samsara Blues Experiment, Spirits Burning, Spiritual Beggars, Subrosa, Tame Impala, (Thee) Oh Sees, Torche, Tumbleweed, Ty Segall, Uncle Acid And The Deadbeats, Unknown Mortal Orchestra, Warpaint, White Denim...


Vale uma fuçada boa e uma ouvida em cada uma, especialmente em tempos de engodos pouco criativos estilo Greta Van Fleet...






Ainda vamos destrinchar cada ano da década que se encerra e tentar passar o melhor, mais inquietante e original de cada ao leitor! Fiquem atentos!




sexta-feira, 24 de março de 2017

PLAY: At The Drive In, Blondie, Depeche Mode, Jamiroquai




O que ocorre no pop/rock neste começo de 2017. Discos para definitivamente se lembrar no final do ano:



AT THE DRIVE-IN


Últimas vezes que citamos o At The Drive-In por aqui foi ao falar do ótimo projeto Gone Is Gone. Mas agora o grupo surge de fato reformulado, e com um disco novo pela primeira vez em 17 anos:


At The Drive In  - "in•ter a•li•a" (2017)












BLONDIE


Com canções escritas por SIA, Charli XCX, David Sitek (TV On The Radio), Johnny Marr (The Smiths), Nick Valensi (The Strokes), dentre outros, eis um novo disco do Blondie:


Blondie - "Pollinator" (2017)











DEPECHE MODE


Sobrou ao Depeche Mode fazer a questão que todos querem (ou deveriam) fazer: Where's The Revolution?!


Depeche Mode - "Spirit" (2017)












JAMIROQUAI


Jay Kay e sua genialidade a serviço de mais um disco do Jamiroquai:


Jamiroquai - "Automaton" (2017)









terça-feira, 15 de setembro de 2015

PLAY: Coheed And Cambria, Kylesa, Metric, Soulsavers, Young Fathers







Variedade de 2015:




COHEED AND CAMBRIA


Coheed And Cambria - "The Color Before The Sun" (2015)














KYLESA


(destacamos aqui)


Kylesa - "Exhausting Fire" (2015)














METRIC


(falamos aqui)


Metric - "Pagans In Vegas" (2015)














SOULSAVERS & DAVE GAHAN


(falamos aqui)


Soulsavers feat. Dave Gahan - "Angels And Ghosts" (2015)














YOUNG FATHERS


(falamos aqui)


Young Fathers - "White Men Are Black Men Too" (2015)