Mostrando postagens com marcador Saul Willians. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Saul Willians. Mostrar todas as postagens

sábado, 28 de dezembro de 2019

PLAY: Bent Knee, Car Bomb, Mark Lanegan, Matmos, Moor Mother, Only Child Tyrant





Deixando alguns dos melhores para o final:



BENT KNEE


O incrível grupo de Courtney Swain e Ben Levin, original ao máximo e um dos grandes nomes do heavy moderno lança seu quinto e melhor disco. Courtney ainda emplacou em 2019 seu primeiro álbum solo, "Between Blood And Ocean":


Bent Knee - "You Know What They Mean" (2019)









CAR BOMB


Courtney também aparece por aqui, no quarto e novo disco de outra das principais bandas da modernidade. Um dos melhores do ano, trazendo novos elementos para o chamado djent:


Car Bomb - "Mordial" (2019)









MARK LANEGAN


O ex-Screaming Trees já há muito não é tão associado à sua (ótima) ex-banda, pois é daqueles nomes ultraprodutivos de inúmeras facetas e parcerias. Disco após disco, ataca em diversos estilos e marcou seu nome nesta década em obras como "Blues Funeral" (2012), parcerias com Duke Garwood e Isobel Campbelle, e aparecendo ao lado de artistas como QOTSA, Earth, Neko Case e até o português Dead Combo.

Não exageraríamos ao dizer que "Somebody's Knocking" é de seus melhores momentos no período:


Mark Lanegan - "Somebody's Knocking" (2019)









MATMOS


Duo eletrônico sempre instigante. Maravilha:


Matmos - "Plastic Anniversary" (2019)









MOOR MOTHER


O disco do ano para este blog, mulher incrível e intensa ao máximo, em uma mistura visceral de ambiente, hip hop e spoken word. Participações de Saul Williams, Juçara Marçal (Metá Metá), Justin Broadrick (Godflesh), King Britt e da cantora Emel Mathlouthi:


Moor Mother - "Analog Fluids Of Sonic Black Holes" (2019)









ONLY CHILD TYRANT


Amon Tobin, magistral, após dois discos no tardar da década, "Fear In A Handful Of Dust" e "Long Stories", ataca num improvável indie rock (?) muito próprio e criativo:


Only Child Tyrant - "Time To Run" (2019)







domingo, 15 de dezembro de 2013

REFERÊNCIA: Janelle Monáe


Janelle Monáe Robinson
01/12/1985
Kansas (EUA)





Não acredito ser precipitado apontar, desde já, e ainda que apenas em seu 3º álbum oficial (a descontar o já maravilhoso e raríssimo EP de estréia, "The Audition"), JANELLE MONÁE como não apenas musa, mas autêntica referência deste blog.


Afinal de contas, a moça traz em seu som e estilo tudo aquilo que é aqui defendido. Sim, uma dinâmica muito própria e original, aliada a um grande talento, que parece ser nato. E, como mostra em seu 3º álbum, a sagacidade que parece impedi-la de repousar confortavelmente em sua própria fórmula ou estilo.

Eis uma aparente salada musical, que aponta para várias vertentes, sendo ora agressiva, ora suave, e ainda trazendo de forma mais ou menos óbvia desde o soul/r&b, funk e hip hop, passando pelo pop rock e eletrônico... mas que com Janelle, soa coeso e instigante.


Especulando por alto, penso no groove refinado de uma Lauryn Hill, na classe de Norah Jones, ou na insanidade de uma M.I.A, ou ainda na originalidade de uma das referências imediatas de Janelle, Erykah Badu. MONÁE parece ter se consolidado com louvor já acima de nomes tão fortes e anteriores a ela.


Autêntica, originalíssima, perspicaz, sem dúvida está provado que a guria é. Mas volto a um ponto crucial: o senso de não acomodação! Este ano de 2013 fica marcado pelo lançamento do divino "Electric Lady", que responde à pergunta lançada em 2010, quando da explosão da pequena obra-prima "The ArchAndroid". Isto é: para onde essa garota irá agora?


Um disco tão dinâmico e variado poderia apontar para vários sentidos em seu sucessor. O visual retrô poderia até fazer pensar num pop/soul mais clássico, talvez com alguns arroubos típicos da cantora, mas que dificilmente viria a superar seu disco de 2010 - e, talvez, a moça passasse a carreira à sombra daquele possível clássico.


Mas, NÃO. Ao lado de nomes do porte de Prince e da própria Erykah Badu, JANELLE deu o recado: não veio ao mundo para se acomodar, para se contentar com o trivial, o usual. Janelle choca com suas ideias, com seus movimentos, com sua arte! E é com este pedaço sofisticado de uma mente tão ativa que fomos presenteados neste ano que se encerra...



Absoluta!


Janelle Monáe - Electric Lady (2013)







http://www.jmonae.com/

http://en.wikipedia.org/wiki/Janelle_Mon%C3%A1e