segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

SPECIAL: mortes na década (1)




Mais uma vez o tema ocupa o blog.



Ano após ano, esta década nos leva mais alguns gênios.



Era de se esperar, é verdade, que boa parte da vanguarda do blues, rock e jazz fosse nos dando adeus, a exemplo de BB King, Bobby Womack, Chuck Berry, Donald Byrd, Fats Domino, Gato Barbieri, Ornette Coleman ou Paco De Lucia.


Já o chamado classic rock e toda a turma do surto criativo de 60 e 70 passa a nos assustar cada vez mais, como foram os casos de Alvin Lee, Bob Casale, Captain Beefheart, Chris Squire, David Bowie, Demis Roussos, Ronnie James Dio, Gary Moore, Glenn Frey, Gregg Allman, Greg Lake, Jack Bruce, JJ Cale, Joe Cocker, Johnny Winter, John Wetton, Jon Lord, Keith Emerson, Kevin Ayers, Lemmy, Leonard Cohen, Lou Reed, Malcolm Young, Maurice White, Ray Manzarek, Tom Petty.


Por fim, muitos dos que atingiram o auge dos anos 80 para cá também já começam a nos deixar precocemente, em casos de ainda maior comoção, como foram as passagens de Adam Yauch, Amy Winehouse, Chris Cornell, George Michael, Guru, Paul O'Neill, Prince, Scott Weiland, Sharon Jones, Warrel Dane, e, já no início deste avassalador 2018, Mark E. Smith (The Fall) e Dolores O'Riordan (The Cranberries).



Dentre tantos, queríamos ainda destacar alguns que, às vezes, por não se encontrarem em países centrais ou por serem artistas reclusos ou tipicamente do underground, possam ter passado sem a devida homenagem...



ANDREW MCDERMOTT (1966-2011)


Já falamos algumas vezes do Threshold, grupo no qual foi vocalista. Também ressaltamos por aqui que nem mesmo o retorno do mestre Damian Wilson pareceu suprir a voz carismática de "Mac" McDermott. O grupo hoje soa mais perdido criativamente. Andrew ainda foi vocalista das bandas Swampfreaks, Powerworld, Yargos e Sargant Fury:





MICK KARN (1958-2011)


O genial baixista e uma das referências deste blog segue despercebido pela maior parte do público. Além de variada carreira solo e do excelente Japan, tocou ainda em diversos projetos ao lado de seus ex-companheiros de banda, além de nomes como Peter Murphy (no maravilhoso projeto Dali's Car), Kate Bush, Gary Numan, Midge Ure, David Torn, Marty Friedman, Steven Wilson, dentre tantos. Gênio:







LUIS ALBERTO SPINETTA (1950-2012)


O maior nome do rock argentino, conhecido por grupos como Almendra e Pescado Rabioso, Spinetta nunca foi óbvio, lírica ou musicalmente:







LINDSAY COOPER (1951-2013)


Já citada por aqui, a talentosa musicista tinha um forte lado ativista e colecionou grupos e projetos de vanguarda em sua carreira, sendo o principal deles o Feminist Improvising Group, ao lado de Sally Potter, Maggie Nichols, Georgie Born e Irène Schweizer. Destacam-se ainda os trabalhos com News From Babel, Comus, Slapp Happy, Mike Oldfield, Art Bears, e o mais "famoso" deles, o grupo Henry Cow, de Tim Hodgkinson e Fred Frith. Além de belíssima carreira solo:







JOHN GUSTAFSON (1942-2014)


Baixista inglês de Bryan Ferry e Roxy Music, de Ian Gillan, Roger Glover, The Big Three e de seu grupo, o esquecido Quartermass. Conta, ainda, com interessante álbum solo. Sintam o som:








DAEVID ALLEN (1938-2015)


Insano frontman do Gong e do Soft Machine. Seu disco solo, "Banana Moon" (1971) também um clássico imperdível:







EDGAR FROESE (1944-2015)


A mente por trás do Tangerine Dream:






MATS OLAUSSON (1961-2015)


Excelente tecladista sueco que tocou com os guitarristas Yngwie Malmsteen e John Norum (Europe), além de grupos como Talisman, Eclipse, Kamelot, MVP e Evil Masquerade. Sua participação mais famosa, ainda dentro do estilo progressivo, foi no supergrupo ARK, ao lado de Tore Østby, John Macaluso e Jorn Lande. No Talisman, tocou ao lado do também falecido baixista Marcel Jacob, assim como no ARK ao lado de Randy Coven, que nos deixou em 2014:







ALAN VEGA (1938-2016)


Outra referência do blog, uma das mentes do Suicide. Em 2017, álbum póstumo foi dos melhores do ano:








ALPHONSE MOUZON (1948-2016)


O baterista, dono do selo Tenacious Records, além de prolífica carreira solo, tocou com Weather Report, Donald Byrd, Herbie Hancock, McCoy Tyner, Wayne Shorter, Al Di Meola, Paul Jackson, Tommy Bolin, Patrick Moraz, Stevie Wonder, Eric Clapton, Jeff Beck, Carlos Santana e até no clássico "Headless Heroes Of The Apocalypse" de Eugene McDaniels, em 1971. Ícone:







BERNIE WORRELL (1944-2016)


Outro já apontado mestre por este blog, difícil limitá-lo apenas a tecladista, ou a seu trabalho à frente do Parliament/Funkadelic ou do Talking Heads. Mais um gigante criativo a quem o tempo não fez completa justiça, mas cujo imenso trabalho e todo seu groove experimental estão marcados na história:





R.I.P. †







sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

PLAY: Machine Head, Orphaned Land, Royal Hunt, Therion





2018 se inicia com agito entre algumas das já clássicas bandas do âmbito pesado:



MACHINE HEAD


Já muito tratado por aqui, o grupo americano segue lançando ótimos álbuns de um heavy criativo, moderno e revigorado, mas ainda não soa à altura dos (ainda recentes) épicos "The Blackening" (2007) e "Unto The Locust" (2011):


Machine Head - "Catharsis" (2018)












ORPHANED LAND


Outro dos preferidos do blog, os israelenses surgiram como uma banda extremamente criativa e quase experimental em seus primeiros álbuns, culminando num equilíbrio que gerou clássicos belíssimos, do porte de "Mabool" (2004) e "The Never Ending Way Of ORWarriOR" (2010). Desde então, no entanto, parecem cair no dilema citado acima para o Machine Head: a ausência do famoso "passo à frente".

Este disco é abrilhantado por participações de Hansi Kürsch (Blind Guardian), Tomas Lindberg (At The Gates) e Steve Hackett:


Orphaned Land - "Unsung Prophets & Dead Messiahs" (2018)












ROYAL HUNT


Mais um grupo que adoramos (veja aqui, aqui ou aqui), mas deste há algum tempo não esperamos muita inovação além de sua já clássica batida neoclássica de aura prog/hard. Uma banda única no estilo, mas já um tanto saturada desde a saída de John West e o retorno do (também ótimo) DC Cooper aos vocais. Ainda assim, não deixamos de recomendar os bombásticos dinamarqueses:


Royal Hunt - "Cast In Stone" (2018)












THERION


Também não cobraríamos muito no fator "originalidade" a essa altura da carreira do já veterano Therion. Porém, Christofer Johnsson costuma nos surpreender, mesmo dentro do saturado estilo sinfônico que ajudou a criar. Mente inquieta, mesmo na discografia recente do grupo temos alguns novos clássicos, do porte de "Lemuria/ Sirius B" (2004), do épico "Gothic Kabbalah" (2007) ou do fino e belíssimo "Les Fleurs Du Mal" (2012). Damos sempre um voto de confiança à grandiloquência dos suecos:


Therion - "Beloved Antichrist" (2018)









sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018