Mike Watt - "Ball-Hog Or Tugboat?" (1995)
Mostrando postagens com marcador Bernie Worrell. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Bernie Worrell. Mostrar todas as postagens
terça-feira, 6 de agosto de 2019
segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018
SPECIAL: mortes na década (1)
Mais uma vez o tema ocupa o blog.
Ano após ano, esta década nos leva mais alguns gênios.
Era de se esperar, é verdade, que boa parte da vanguarda do blues, rock e jazz fosse nos dando adeus, a exemplo de BB King, Bobby Womack, Chuck Berry, Donald Byrd, Fats Domino, Gato Barbieri, Ornette Coleman ou Paco De Lucia.
Já o chamado classic rock e toda a turma do surto criativo de 60 e 70 passa a nos assustar cada vez mais, como foram os casos de Alvin Lee, Bob Casale, Captain Beefheart, Chris Squire, David Bowie, Demis Roussos, Ronnie James Dio, Gary Moore, Glenn Frey, Gregg Allman, Greg Lake, Jack Bruce, JJ Cale, Joe Cocker, Johnny Winter, John Wetton, Jon Lord, Keith Emerson, Kevin Ayers, Lemmy, Leonard Cohen, Lou Reed, Malcolm Young, Maurice White, Ray Manzarek, Tom Petty.
Por fim, muitos dos que atingiram o auge dos anos 80 para cá também já começam a nos deixar precocemente, em casos de ainda maior comoção, como foram as passagens de Adam Yauch, Amy Winehouse, Chris Cornell, George Michael, Guru, Paul O'Neill, Prince, Scott Weiland, Sharon Jones, Warrel Dane, e, já no início deste avassalador 2018, Mark E. Smith (The Fall) e Dolores O'Riordan (The Cranberries).
Dentre tantos, queríamos ainda destacar alguns que, às vezes, por não se encontrarem em países centrais ou por serem artistas reclusos ou tipicamente do underground, possam ter passado sem a devida homenagem...
ANDREW MCDERMOTT (1966-2011)
Já falamos algumas vezes do Threshold, grupo no qual foi vocalista. Também ressaltamos por aqui que nem mesmo o retorno do mestre Damian Wilson pareceu suprir a voz carismática de "Mac" McDermott. O grupo hoje soa mais perdido criativamente. Andrew ainda foi vocalista das bandas Swampfreaks, Powerworld, Yargos e Sargant Fury:
MICK KARN (1958-2011)
O genial baixista e uma das referências deste blog segue despercebido pela maior parte do público. Além de variada carreira solo e do excelente Japan, tocou ainda em diversos projetos ao lado de seus ex-companheiros de banda, além de nomes como Peter Murphy (no maravilhoso projeto Dali's Car), Kate Bush, Gary Numan, Midge Ure, David Torn, Marty Friedman, Steven Wilson, dentre tantos. Gênio:
LUIS ALBERTO SPINETTA (1950-2012)
O maior nome do rock argentino, conhecido por grupos como Almendra e Pescado Rabioso, Spinetta nunca foi óbvio, lírica ou musicalmente:
LINDSAY COOPER (1951-2013)
Já citada por aqui, a talentosa musicista tinha um forte lado ativista e colecionou grupos e projetos de vanguarda em sua carreira, sendo o principal deles o Feminist Improvising Group, ao lado de Sally Potter, Maggie Nichols, Georgie Born e Irène Schweizer. Destacam-se ainda os trabalhos com News From Babel, Comus, Slapp Happy, Mike Oldfield, Art Bears, e o mais "famoso" deles, o grupo Henry Cow, de Tim Hodgkinson e Fred Frith. Além de belíssima carreira solo:
JOHN GUSTAFSON (1942-2014)
Baixista inglês de Bryan Ferry e Roxy Music, de Ian Gillan, Roger Glover, The Big Three e de seu grupo, o esquecido Quartermass. Conta, ainda, com interessante álbum solo. Sintam o som:
DAEVID ALLEN (1938-2015)
Insano frontman do Gong e do Soft Machine. Seu disco solo, "Banana Moon" (1971) também um clássico imperdível:
EDGAR FROESE (1944-2015)
MATS OLAUSSON (1961-2015)
Excelente tecladista sueco que tocou com os guitarristas Yngwie Malmsteen e John Norum (Europe), além de grupos como Talisman, Eclipse, Kamelot, MVP e Evil Masquerade. Sua participação mais famosa, ainda dentro do estilo progressivo, foi no supergrupo ARK, ao lado de Tore Østby, John Macaluso e Jorn Lande. No Talisman, tocou ao lado do também falecido baixista Marcel Jacob, assim como no ARK ao lado de Randy Coven, que nos deixou em 2014:
ALAN VEGA (1938-2016)
Outra referência do blog, uma das mentes do Suicide. Em 2017, álbum póstumo foi dos melhores do ano:
ALPHONSE MOUZON (1948-2016)
O baterista, dono do selo Tenacious Records, além de prolífica carreira solo, tocou com Weather Report, Donald Byrd, Herbie Hancock, McCoy Tyner, Wayne Shorter, Al Di Meola, Paul Jackson, Tommy Bolin, Patrick Moraz, Stevie Wonder, Eric Clapton, Jeff Beck, Carlos Santana e até no clássico "Headless Heroes Of The Apocalypse" de Eugene McDaniels, em 1971. Ícone:
BERNIE WORRELL (1944-2016)
Outro já apontado mestre por este blog, difícil limitá-lo apenas a tecladista, ou a seu trabalho à frente do Parliament/Funkadelic ou do Talking Heads. Mais um gigante criativo a quem o tempo não fez completa justiça, mas cujo imenso trabalho e todo seu groove experimental estão marcados na história:
R.I.P. †
sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018
segunda-feira, 27 de novembro de 2017
terça-feira, 16 de maio de 2017
segunda-feira, 12 de dezembro de 2016
SPECIAL: a morte em forma de arte
O ano de 2016 não foi um ano inédito em levar grandes artistas, ou mesmo ídolos da música, o campo da arte que mais ocupa este blog.
Nisso, foram-se Bernie Worrell, James Woolley (NIN), Keith Emerson (ELP), Greg Lake (ELP, King Crimson), Naná Vasconcelos, Glenn Frey (Eagles), Leon Russell, Maurice White (Earth, Wind & Fire), Prince, dentre tantos.
Mas talvez tenha sido inédito nessa junção tão forte entre morte e arte.
DAVID BOWIE, falecido em janeiro, parece ter inaugurado o ano com o conceito visionário de "Blackstar".
Narrou em música, letras e até em clipe a morte vindoura e que pegou todos de surpresa.
Cerca de um ano após o falecimento de seu filho, NICK CAVE encontra na arte, compondo canções intensas e até mesmo um filme, as forças que não imaginamos que um pai pode voltar a ter após tamanha dor.
O aclamado "Skeleton Tree" mais uma vez canaliza algo talvez até maior que a morte, que é a imensurável noção da perda de um filho.
O fim de 2016 ainda foi duro ao levar LEONARD COHEN, este já notadamente no fim de sua vida, e que sempre flertou com a morte em suas canções.
Em "You Want It Darker", encarou o tema como nunca, prenunciando seu próprio desfecho, fazendo uma transição tranquila e quase que premeditada, como a de Bowie.
Nos acréscimos do ano, impossível não falar do acidente com o avião que levou, sim, artistas!
O time da CHAPECOENSE, um clube praticamente inteiro de futebol, ao lado de jornalistas e tripulantes, nos foi tirado. O tipo tão único de tragédia, aliado a um contexto também bastante único, levou a tirar o melhor das pessoas naquele momento, nos países atingidos (Brasil e Colômbia, onde se deu o acidente) e no mundo todo.
Eis que a sucessão de homenagens também foram uma verdadeira forma de arte - aliada à arte do próprio futebol que praticavam, e chegavam a uma final! - a canalizar a dor e comoção dos familiares, dos amigos, dos torcedores e de nações como um todo.
2016 foi assim...
... a morte como arte!
quinta-feira, 8 de setembro de 2016
sexta-feira, 8 de julho de 2016
REFERÊNCIA: Bernie Worrell
George Bernard Worrell Jr.
19/04/1944 - 24/06/2016
New Jersey (EUA) - Washington (EUA)
Bernie Worrell
domingo, 24 de janeiro de 2016
terça-feira, 19 de março de 2013
FROM THE HEART: Red Hot AIDS Benefit Series - "Stolen Moments: Red Hot + Cool" (1994)
Acredito que todos os discos da "RED HOT AIDS BENEFIT SERIES" são altamente recomendáveis. A causa nobre moveu artistas do mais alto calibre, e dos mais variados estilos, que se reuniram em cada volume de acordo com o gênero de música em que são mestres, realizando parcerias antológicas e, no resultado final, um apanhado de obras notáveis.
A ideia, realmente, é dar uma conferida em cada disco separadamente. Todos com uma notável seleção e sets incríveis.
De primeira, mando o que talvez seja o mais importante para este blog. Até porque, senti que houve um capricho especial na seleção destes músicos - e as parcerias são pra lá de bombásticas!
Este seria o disco que mais bebe na fonte (e aqui digo, literalmente, na FONTE) do jazz. Do free jazz, do funk, soul e hip hop. A obra, de 1994, traz nada menos que Don Cherry, Ron Carter, Pharoah Sanders, Herbie Hancock, Roy Ayers e Bernie Worrel na linha de frente. Soa até como covardia...
Para as demais faixas, e em parceria com esses gigantes (todos referências de inovação e vanguarda dentro de seus estilos, e igualmente referências deste blog), alguns dos mais aclamados nomes da geração da época. Muitos deles se tornaram eles mesmos referências, quando olhamos para o estilo HOJE, tanto que muitos dos coletivos e rappers ali presentes enxergamos como precursores do jazz/funk e do hip hop moderno, a exemplo do The Roots, Groove Collective, Us3, Gang Starr, Young Disciples, The Last Poets, The Watts Prophets, dentre outros nomes associados.
Porém, devemos pensar que era a primeira metade dos anos 90, e muito estava sendo feito NAQUELE momento, e dali em diante. De fato, vivemos ATUALMENTE numa era muito criativa e prolífica do hip hop, e um novo auge da sua junção com as mais variadas e ricas vertentes. Voltando 20 anos no tempo, portanto, esse disco consegue chamar AINDA MAIS a atenção, até por essa faceta absolutamente visionária.
Por fim, vale dizer que o título do disco vem da faixa "Stolen Moments", que ganha sua releitura na obra (pela épica United Future Organization), mas originalmente é uma das grandes peças do falecido compositor Oliver Nelson.
Sem muito mais o que dizer, pois é o tipo de obra cuja escalação já ganha o jogo (conforme, dito, especialmente se a enxergamos agora, tantos anos depois), e enche os olhos de qualquer fã do estilo, além de servir de introdução para quem quer com ele se familiarizar.
Na coleção deste blog, é um marco!
The Red Hot AIDS Benefit Series - "Stolen Moments: Red Hot + Cool" (1994)
Assinar:
Postagens (Atom)