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sábado, 15 de maio de 2021

PLAY: Fire!, Gojira, GY!BE, Nick Cave, Pharoah Sanders, Steven Wilson



O blog andou ausente, pela correria do cotidiano, mas também por um certo vazio... daqueles que nem música preenche. Mas seguimos fazendo descobertas e interessados sempre por algo a mais - e essa paixão nos move e nos ajuda, mesmo nesses momentos difíceis.


As novas configurações do blogger também não ajudam muito a fazer novas postagens. Igualmente, o ano de 2021 não pareceu ainda explodir em grandes lançamentos... muito embora, em anos anteriores, essa "maré baixa" foi enganosa, com segundos semestres recheados.


Ainda assim, os destaques abaixo são daqueles muito acima da média e devolveram a nós a vontade de trabalhar na lista de 2021 :)



FIRE!


A nata do que é feito hoje no free, contando com o mestre Mats Gustafsson, eis o formato mais enxuto da Fire! Orchestra, mas sempre trazendo uma obra intensa e indispensável:


Fire! - "Defeat" (2021)







GOJIRA


Este blog praticamente nasceu falando de Gojira, e é incrível como em uma década assumiram de vez a linha de frente de um heavy moderno e inovador. São muito citados ao lado do Mastodon, outra banda que conseguiu transitar entre álbuns ora mais complexos, ora mais diretos, mas sem perder a essência inovadora. Metallica e Sepultura também são lembrados no comparativo.

O novo disco representa novo passo à frente na carreira e certamente será um dos, senão "O" disco de metal do ano para este site:


Gojira - "Fortitude" (2021)







GY!BE


Outro grupo que sempre destacamos, mas confessamos não esperar algo tão vigoroso a esta altura, como se confere nesta obra. Um interessante sucessor de "Luciferian Towers" (2017), mas ainda mais incisivo. Excelente, mesmo que não seja sua praia, dê uma chance:


Godspeed You! Black Emperor - "G_d's Pee AT STATE'S END!" (2021)







NICK CAVE


Um disco que não saiu em conjunto com os "Bad Seeds", mas na verdade creditado a Nick Cave & Warren Ellis. Espere a beleza e profundo sentimento que Cave tem depositado em seus álbuns mais recentes da década, que são discos que precisam ser melhor ouvidos e reverenciados para entendermos seu real impacto, passando por "Push The Sky Away" (2013), "Skeleton Tree"(2016), "Ghosteen" (2019), além da recente maravilha "Idiot Prayer - Nick Cave Alone At Alexandra Palace" (2020).

Não espere menos de "Carnage":


Nick Cave - "Carnage" (2021)







PHAROAH SANDERS & FLOATING POINTS


A união do mestre absoluto do free espiritual com o produtor britânico Sam Shepherd, rende um épico que caiu do céu neste 2021:


Floating Points, Pharoah Sanders & The London Symphony Orchestra - "Promises" (2021)







STEVEN WILSON


Se Steven Wilson lança disco, certamente é disco do ano. E com este não foi diferente, seguindo a versatilidade cativante de "Hand Cannot Erase" (2015) e "To The Bone" (2017):


Steven Wilson - "The Future Bites" (2021)




segunda-feira, 16 de outubro de 2017

PLAY: GY!BE, Living Colour, Prophets Of Rage, Roger Waters




Vamos a alguns clássicos de 2017:



GY!BE


Após uma década de espera, o grupo voltou a surpreender com "Allelujah! Don't Bend! Ascend!" (2012) e "Asunder, Sweet And Other Distress" (2015). Agora, retorna com o que parece ser um dos melhores discos de 2017:


Godspeed You! Black Emperor - "Luciferian Towers" (2017)











LIVING COLOUR


O tão aguardado disco, já tratado por aqui, finalmente saiu e é de fato o que esperávamos: Living Colour ácido, com técnica e variedade avassaladoras:


Living Colour - "Shade" (2017)











PROPHETS OF RAGE


O supergrupo que reúne Public Enemy, Cypress Hill e RATM, e que rapidamente se tornou dos favoritos da casa, finalmente lança seu épico primeiro disco:


Prophets Of Rage - "Prophets Of Rage" (2017)










ROGER WATERS


Coube ao genial Roger Waters retomar a excelente carreira solo e fazer a pergunta central do século:


Roger Waters - "Is This The Life We Really Want?" (2017)








quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

REFERÊNCIA: Matana Roberts


Matana Roberts
Chicago (EUA)





2013 fica marcado como o ano de grandes lançamentos... de grandes e criativas MULHERES!


Rapidamente, penso na já citada musa Janelle Monáe. Poderia ainda pensar no espetacular "Matangi" da dinâmica cantora M.I.A.. Quem sabe ainda em Karin Dreijer (Fever Ray) à frente do ótimo The Knife. A lista é longa, dentre nomes consagrados a revelações.



E tratarei aqui de quem, talvez a exemplo de Janelle, já pode se encontrar no limiar entre a "revelação", até por ser ainda uma jovem e de seleta discografia... mas também já num alto posto de referência. Principalmente no campo do free jazz.




MATANA ROBERTS sequer acredita que faz exatamente jazz. E classificar essa mente brilhante realmente seria tarefa inglória, além de não ser nossa intenção aqui. Fiquemos com suas próprias palavras, quando disse:

"Tenho raízes no jazz, entendo de onde vem a minha música. Mas, para mim, ela não é jazz. Algumas pessoas empurram esse rótulo para cima de mim, mas acho que fica a cargo do ouvinte decidir como vai chamar aquilo que faço. Na verdade, sou uma experimentalista que de vez em quando usa referências do jazz no trabalho. Não quero fazer nada mais grandioso do que já foi feito. Tudo o que quero é criar um trabalho honesto."




Mas vamos à obra propriamente dita. Se MATANA já é uma referência, em muito se deve ao derradeiro trabalho nestes dois primeiros capítulos (ela promete mais!) da obra-prima COIN COIN.



Inicialmente, em sua primeira etapa, "Coin Coin Chapter One: Gens De Couleur Libres" (2011), conhecemos a história de Marie Thérèse Metoyer, escrava do século XIX, ancestral da própria artista. A partir dessa sua correlação pessoal, e de muita pesquisa, MATANA desconstrói toda uma história que vai da escravidão e libertação dos negros, por todo o histórico de opressão de sua raça, até os dias de hoje.



Relata a própria que:

"My grandfather and his brother were orphans, and they were raised by a collective of different families who lived in that area that were actually blood-related to her. She was the first strong female archetype, outside of my mother and my grandmother, that I was exposed to in a storytelling format – I learned about her before I learned about Harriet Tubman. And my grandfather used to call me Coin Coin for fun."




Em recente visita ao Brasil, ainda contou que:



"Tenho um grande interesse nas questões da escravidão ao longo do mundo e dos direitos humanos, e acho toda essa história das revoltas dos escravos no Brasil profundamente inspiradora para o meu trabalho."







Em 2013, ainda em alta com seu novo e surpreendente passo "Coin Coin Chapter Two: The Mississippi Moonchile" (2013), MATANA se estabelece de vez como referência do free jazz mundial. Álbum por vezes tão ou mais intenso que a primeira jornada de 'Coin Coin', ganhou em dramaticidade e performance com a introdução dos vocais de Jeremiah Abiah. Assim como também agregou em ares performático a suas apresentações.



Não é cedo para afirmar que MATANA ROBERTS é uma das musas do jazz e da música mundial contemporânea!




Matana Roberts - "Coin Coin Chapter Two: The Mississippi Moonchile" (2013)