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segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

PLAY: Machine Head, Orphaned Land, Royal Hunt, Therion





2018 se inicia com agito entre algumas das já clássicas bandas do âmbito pesado:



MACHINE HEAD


Já muito tratado por aqui, o grupo americano segue lançando ótimos álbuns de um heavy criativo, moderno e revigorado, mas ainda não soa à altura dos (ainda recentes) épicos "The Blackening" (2007) e "Unto The Locust" (2011):


Machine Head - "Catharsis" (2018)












ORPHANED LAND


Outro dos preferidos do blog, os israelenses surgiram como uma banda extremamente criativa e quase experimental em seus primeiros álbuns, culminando num equilíbrio que gerou clássicos belíssimos, do porte de "Mabool" (2004) e "The Never Ending Way Of ORWarriOR" (2010). Desde então, no entanto, parecem cair no dilema citado acima para o Machine Head: a ausência do famoso "passo à frente".

Este disco é abrilhantado por participações de Hansi Kürsch (Blind Guardian), Tomas Lindberg (At The Gates) e Steve Hackett:


Orphaned Land - "Unsung Prophets & Dead Messiahs" (2018)












ROYAL HUNT


Mais um grupo que adoramos (veja aqui, aqui ou aqui), mas deste há algum tempo não esperamos muita inovação além de sua já clássica batida neoclássica de aura prog/hard. Uma banda única no estilo, mas já um tanto saturada desde a saída de John West e o retorno do (também ótimo) DC Cooper aos vocais. Ainda assim, não deixamos de recomendar os bombásticos dinamarqueses:


Royal Hunt - "Cast In Stone" (2018)












THERION


Também não cobraríamos muito no fator "originalidade" a essa altura da carreira do já veterano Therion. Porém, Christofer Johnsson costuma nos surpreender, mesmo dentro do saturado estilo sinfônico que ajudou a criar. Mente inquieta, mesmo na discografia recente do grupo temos alguns novos clássicos, do porte de "Lemuria/ Sirius B" (2004), do épico "Gothic Kabbalah" (2007) ou do fino e belíssimo "Les Fleurs Du Mal" (2012). Damos sempre um voto de confiança à grandiloquência dos suecos:


Therion - "Beloved Antichrist" (2018)









terça-feira, 8 de março de 2016

FROM THE HEART: Royal Hunt - "The Mission" (2001)





"Slowly passing me by
turning wishes to dust


I`m living the days of no trust"





Royal Hunt - "The Mission" (2001)




domingo, 23 de agosto de 2015

PLAY: Chelsea Wolfe, New Order, Riverside, Roisin Murphy, Royal Hunt






Mais uma miscelânea de novidades no Ousadia&Descobertas:





CHELSEA WOLFE


Soturna, a guria contra-ataca:


Chelsea Wolfe - "Abyss" (2015)

















NEW ORDER


Os próprios, dez anos depois, embora sem Peter Hook:


New Order - "Music Complete" (2015)

















RIVERSIDE


Prog competente e dinâmico, que já ganhou destaque deste blog (aqui):


Riverside - "Love, Fear And The Time Machine" (2015)

















RÓISÍN MURPHY


A cantora irlandesa, com destaque em grupos como Moloko, Handsome Boy Modeling School e no projeto "Here Lies Love" de David Byrne, vem com seu 3º disco solo:


Roisin Murphy - "Hairless Toys" (2015)

















ROYAL HUNT


Os dinamarqueses mantém sua vitoriosa fórmula, mas sempre com algum grau inovação e a voz bombástica de DC Cooper:


Royal Hunt - "Devil's Dozen" (2015)














domingo, 10 de março de 2013

ROYAL HUNT





É realmente difícil precisar o porquê de uma banda tão rica e variada como o Royal Hunt jamais ter atingido o sucesso que deveria. Eles são grandes no Japão, e no próprio continente europeu, mas a sensação é sempre a de que poderiam ter sido gigantes dentro do Heavy Metal. Ainda assim, raros apontam o tecladista André Andersen como o prodígio que é, e os nomes de vocalistas magistrais como DC Cooper e John West são pouco badalados na cena.



Quando se trata de uma banda vanguardista, experimental ao extremo, até se entende a resistência do público a inovações, especialmente dentro do tacanho mundo metálico. Porém, o Royal Hunt pareceu sempre 'a banda perfeita no momento perfeito'.

Explico: o Royal Hunt sempre prezou a melodia em suas composições. Se aproximava, em muitas canções, do power metal/ melódico/ neoclássico, muito em voga na segunda metade dos anos 90 - claro, porém, com toda uma sofisticação a mais, resultando num som marcante e de muita personalidade. Até por essa aura progressiva, deveria ter chamado maior atenção, vez que não negava beber dessa fonte, se aproximando também da variedade, dos climas e da técnica próprias do Prog Metal - que igualmente atraía fãs de toda parte, com o 'boom' causado por Dream Theater, Fates Warning, Queensrÿche, Symphony X, dentre outros.


Mas o Royal Hunt não se limitou a isso. Os dinamarqueses faziam composições fortes, graças a uma inegável veia advinda do Hard Rock, mais propriamente do Rock Melódico/AOR - o que explica muito da já referida sofisticação em seu som. O resultado atingiu um ápice, com dois discos considerados clássicos, com DC Cooper nos vocais: "Moving Target" (1995) e o referencial "Paradox" (1997).


Se parasse por aí, o Royal Hunt já teria uma trajetória pra lá de vitoriosa e já poderia entrar para a história do estilo como um grupo de rock realmente único. Mas foram além!


Após desavenças internas (possíveis conflitos entre os egos de DC Cooper e da forte personalidade do líder André Andersen), ocorre a entrada do vocalista John West - a quem o blog ainda se dedicará, mas que já havia substituído Ray Gillen no Badlands, trabalhado com Yngwie Malmsteen, Cozy Powell, e começava a fazer história com a seleção prog do Artension e com uma competentíssima carreira solo.


Aí o Royal Hunt, já criativo e ousado, passou a se reinventar cada vez mais. Nesta fase, o que se viu foi uma bateria de pequenas obras primas, muito distintas entre si, pela sonoridade e proposta de cada uma, sem perder a essência única da banda, já vista acima. Eis o progressivo  "Fear" (1999), que bebeu muito na fonte tanto do prog rock, art rock e prog metal;  "The Mission" (2001), futurista e teatral, baseado em 'The Martian Chronicles' de Ray Bradbury;  o diferente "Eyewitness" (2003), com lindo trabalho vocal;  e o dinâmico e insano "Paperblood" (2005), apoteótico, um dos discos mais fortes da banda - que sempre usou muito bem os coros femininos, com destaque para a ótima Maria McTurk.


O Royal Hunt é uma banda inquieta. Com a entrada dos vocais de Mark Boals (solo, Ring Of Fire, Malmsteen), retomaram o estilo prog/neoclassico do início da carreira, culminando com o ótimo retorno de DC Cooper em "Show Me How To Live" (2011) - que, talvez por não ser tão experimental, trouxe a banda de volta aos holofotes.


A questão que fica sempre, porém, é qual será o próximo passo desta incansável banda? Quem se importa com rock feito com originalidade e maestria, sempre vai querer saber...