SPECIAL: Hip Hop atual (IV)

continuando...

(ver parte III: aqui)

KOOL KEITH

(citamos aqui, aqui e aqui)

O mestre segue frenético, inclusive sob a clássica persona Dr. Octagon:

LOGIC

(citamos aqui, aqui e aqui)

Sofisticado, com especial destaque ao disco de 2015:

LUPE FIASCO

(citamos aqui, aqui e aqui)

Outro que elevou o nível com seu "Tetsuo & Youth" de 2015:

MAC MILLER

(citamos aqui e aqui)

Falecido em 2018, o rapper deixou alguns bons momentos, como no "The Divine Feminine" de 2016:

MILO

(citamos aqui, aqui e aqui)

Outro que quando acerta a mão, manda muito:

NONAME

(citamos aqui e aqui)

Dentre as muitas mulheres de destaque na cena atual, "Room 25", de 2018, foi provavelmente o disco mais falado desta safra. E com justiça, dando sequência ao feito no EP "Telefone" de 2016:

OPEN MIKE EAGLE

(citamos aqui, aqui e aqui)

Bastante produtivo desde a década passada, seus últimos trabalhos realmente buscam algo diferente:

PUSHA T

(citamos aqui e aqui)

Outro que, na junção com Kanye West, subiu de patamar em 2018:

SABA

(citamos aqui)

Estivemos entre ele e Chance The Rapper para destacar... ambos merecem atenção para os próximos passos:

SAGE FRANCIS

(citamos aqui)

Desde os anos 90 na ativa, muitas vezes injustamente esquecido:

SCHOOLBOY Q

(citamos aqui)

Este já havia sido destacado em nossos especiais, também da fonte do Black Hippy:

TRAVIS SCOTT

(citamos aqui e aqui)

O currículo com o produtor também se refletiu em bons discos:

21 SAVAGE, OFFSET & METRO BOOMIN

(citamos aqui)

Disco do trio foi forte destaque de 2017 na mídia especializada:

THE UNDERACHIEVERS

(citamos aqui e aqui)

Na dúvida entre eles e os vizinhos Flatbush Zombies, ficamos com um dos preferidos do blog, em especial pelo épico "Evermore: The Art Of Duality", de 2015:

VINCE STAPLES

(citamos aqui, aqui e aqui)

Seus 3 discos até aqui na década merecem todo o destaque:

PLAY: Kendrick Lamar, Lupe Fiasco, Snoop Dogg, The Underachievers

Sempre separamos alguns especiais para falar de hip hop (aqui, aqui ou aqui, por exemplo). Este ano, já tratamos do terceiro petardo do duo RUN THE JEWELS, de nossos favoritos da casa. Mas vamos a mais alguns nomes essenciais:

KENDRICK LAMAR

Não podemos falar da cena sem falar de seu atual rei. E pouquíssimo tempo após o já clássico "To Pimp A Butterfly", e com apenas um EP neste meio, eis que chega nova obra prima, com uma capacidade notável de originalidade e reinvenção em apenas um ano:

Kendrick Lamar - "DAMN." (2017)

LUPE FIASCO

Com um dos melhores discos de 2015 (talvez ofuscado pelo citado Kendrick e alguns outros), o maravilhoso "Tetsuo & Youth", Lupe procura o próximo passo na carreira:

Lupe Fiasco - "Drogas Light" (2017)

BADBADNOTGOOD & SNOOP DOGG

Aqui, mais que o disco, já exaltado ano passado (aqui), trata-se do vídeo que deu o que falar. Snoop Dogg pôs letra e lançou polêmico clipe em cima da obra "Lavender" do BBNG, que pode ser visto aqui:

UNDERACHIEVERS

Também não passamos batidos pelo irrepreensível "Evermore: The Art Of Duality", disco de 2015 que citamos aqui. Eis que também seguimos ansiosos pelo novo capítulo escrito pelo ousado grupo:

The Underachievers - "Renaissance" (2017)

SPECIAL: Melhores de 2015

Este blog já abrangeu, ao longo do ano, boa parte dos estilos em seus especiais, quase semanais, trazendo muito do pop rock, do alternativo e do heavy metal. De Napalm Death, Shining e Faith No More a FFS, Julia Holter ou Björk.

O hip hop, num ano realmente especial para o estilo, recebeu destaque pela década vitoriosa que vive aqui e aqui. Menções mais tímidas a alguns bons lançamentos também foram feitos (Death Grips, Kendrick Lamar, Big Sean). Mas eis que resolvemos entabular uma lista para que o leitor não se perca entre tantos bons álbuns neste ano que chegou ao fim:

Big Sean - Dark Sky Paradise

Cannibal Ox - Blade Of The Ronin

Death Grips - The Powers That B

Freddie Gibbs - Shadow Of A Doubt

Future - Dirty Sprite 2
Ghostface Killah & BadBadNotGood - Sour Soul

Ka - Days With Dr. Yen Lo

Kendrick Lamar - To Pimp A Butterfly

Killah Priest - Planet Of The Gods

Kool Keith - Time? Astonishing!
Logic - The Incredible True Story

Lupe Fiasco - Tetsuo & Youth

Meek Mill - Dreams Worth More Than Money

Milo - So The Flies Don't Come

Public Enemy - Man Plans God Laughs

Pusha T - King Push, Darkest Before Dawn: The Prelude

Travis Scott - Rodeo

The Underachievers - Evermore, The Art Of Duality

Vince Staples - Summertime '06

Young Fathers - White Men Are Black Men Too

*menção honrosa ao ultraprodutivo Gucci Mane e seus inúmeros lançamentos virtuais



Também a música eletrônica nos tocou deveras, em variadas facetas, assim como o free jazz e a música abstrata em geral, ao que lembramos de:

2814 - 新しい日の誕生

Ash Koosha - Guud

Chemical Brothers - Born In The Echoes

Holly Herndon - Platform

Jim O'Rourke - Simple Songs

Jlin - Dark Energy

John Zorn - The True Discoveries Of...
Kamasi Washington - The Epic

Maria Schneider Orchestra - The Thompson Fields

Mary Halvorson - Meltframe

Matana Roberts - Coin Coin 3, River Run Thee

Nicolas Jaar - Pomegranates

Oneohtrix Point Never - Garden Of Delete

Rudresh Mahanthappa - Bird Calls
Schnellertollermeier - X
Squarepusher - Damogen Furies

The Thing - Shake

Tim Berne's Snakeoil - You've Been Watching Me
Tyondai Braxton - Hive1

Vijay Iyer Trio - Break Stuff

*menção honrosa ao poderoso "Cortar Todo" dos italianos do Zu

SPECIAL: Robert Glasper

É sempre interessante saber a banda de apoio de artistas originais e inovadores, porque, de certo, numa eventual carreira solo ou projeto paralelo, encontraremos uma grata e viva influência. Não se trata de uma regra, mas é sempre bom estar atento aos diversos nomes, de diversas cenas, pois essa salutar troca de experiências e influências tendem a gerar discografias ricas e instigantes.

Talvez seja o caso de Robert Glasper. Mantendo uma promissora (e até subestimada) carreira solo dedicada ao jazz, paralelamente se destacava no apoio a nomes de respeito, que iam desde Q-Tip (A Tribe Called Quest) e a excêntrica Erykha Badu, até os gigantes Jay-Z e Kanye West.

Nomes fortes do hip hop, jazz, R&B, soul e world music possivelmente fizeram Glasper chegar num denominador comum (ou nada comum!), aliando seu estilo próprio à variedade sonora com a qual contribuía (conseguindo participações pra lá de especiais), e resultando num verdadeiro clássico moderno: o ganhador do Grammy, "Black Radio" (2012).

Assusta como Glasper fez um álbum tão fino soar tão forte e dinâmico, utilizando tão bem as características dos convidados, tornando o todo coerente e empolgante. A variedade chega ao ponto de contar com uma cover de "Smells Like Teen Spirit" do Nirvana (!).

Não à toa o disco foi destaque e fez o músico/produtor ocupar um novo (e alto) patamar na cena mundial.

Coisa finíssima!

Robert Glasper Experiment - "Black Radio" (2012)

http://robertglasper.com/

http://en.wikipedia.org/wiki/Robert_Glasper