quinta-feira, 28 de março de 2019

SPECIAL: MELHORES DA DÉCADA (4)




Íamos adentrar um especial ano a ano para cobrir a década (musical) que se encerra, mas quisemos fazer mais um capítulo da saga de destaques gerais. Nas mesmas regras que os capítulos anteriores (ver partes um, dois e três), citando artistas com dois ou mais lançamentos no período:



31- TRENT REZNOR & ATTICUS ROSS


A dupla do Nine Inch Nails teve um início de década literalmente vitorioso, ao vencer nada menos que o Oscar pela trilha do filme "A Rede Social" ("The Social Network"). Dentre outras, ainda destacamos a trilha de "Os Homens Que Não Amavam As Mulheres" ("The Girl With The Dragon Tattoo"), em 2011. Ainda na mesma época, o projeto How To Destroy Angels emplacou seus dois primeiros EPs, culminando com o full length "Welcome Oblivion", de 2013. Se você acha que o NIN deixou por menos, "Hesitation Marks" (2013) e "Bad Witch" (2018) mostraram faces bem diferentes de um mesmo e já clássico grupo:








32- GREG PUCIATO


Este é outro que atacou por todos os lados. Participação no épico "Deconstruction" de Devin Townsend, em 2011, naquela mega seleção da vanguarda moderna do heavy metal que já citamos por aqui. Ainda visitou discos de grupos como Soulfly, Architects e Lamb Of God. Enquanto líder, lançou dois petardos gigantescos com o Dilliger Escape Plan, banda que infelizmente anunciou seu fim. Mas longe de ser o fim da criatividade do rapaz, o projeto eletrônico The Black Queen brilhou com dois lançamentos pra lá de instigantes, assim como seu supergrupo Killer Be Killed:








33- KAMAAL WILLIAMS


Aqui e ali citamos algumas mentes criativas do jazz moderno a la Robert Glasper, Jason Moran, Brad Mehldau, Cameron Graves, Miles Mosley, Aaron Parks, Vijay Iyer... e como não citar Kamaal Williams? "The Return" (2018) foi mais um capítulo vitorioso na década, embora resida em "Black Focus" (2016), disco ao lado do percursionista Yussef Dayes, um dos grandes clássicos modernos do estilo:








34- DÄLEK


Havíamos citado aqui como um dos destaques silenciosos do hip hop mundial, vez que seu último disco de estúdio havia sido "Gutter Tactics" de 2009. Entretanto, o duo (o DJ Dalek, Will Brooks, ao lado de Alap Momin, o Oktopus) se revelou produtivo e lançou logo duas obras avassaladoras em anos seguidos: "Asphalt For Eden" (2016) e "Endangered Philosophies" (2017). Não bastasse, conforme citamos aqui, Dälek encabeçou o projeto Anguish, de 2018, ao lado de Mats Gustafsson (Fire!, The Thing) e o tecladista Hans Joachim Irmler (Faust). Absurdo:








35- DEPECHE MODE


Não tão falados, mas é incrível como o grupo ainda lança discos de altíssima qualidade. Não há um disco sequer abaixo da média. Na década atual, "Delta Machine" (2013) e "Spirit" (2017) fizeram valer o status de uma das maiores bandas de todos os tempos. Sem tempo a perder, Dave Gahan e sua inconfundível voz emplacaram dois lindos discos ao lado do Soulsavers: "The Light The Dead See" (2012)  e "Angels & Ghosts" (2015):








36- KAMASI WASHINGTON


Não falaremos de jazz na década sem falar de "The Epic" (2015) e "Heaven And Earth" (2018). Destaque também em "To Pimp A Butterfly" de Kendrick Lamar, e não à toa associado a nomes como Flying Lotus, Thundercat, Miles Mosley, Cameron Graves, Terrace Martin e Ronald Bruner Jr...







37- CONVERGE


Após "All We Love We Leave Behind" (2012) e "The Dusk In Us" (2017) está muito difícil de enquadrar o som complexo e caótico do grupo americano. Épicos absurdos, crueza e densidade na medida certa:








38- ONEOHTRIX POINT NEVER


Falamos de Actress e Jlin, então como não destacar Daniel Lopatin já ao lado de nomes como Aphex Twin, Autechre, Squarepusher, Amon Tobin, vindo até Tim Hecker, Jon Hopkins ou Nicolas Jaar:








39- PORTAL


Citamos por aqui algum heavy metal essencial da década, como DEP, Devin Townsend, Opeth, Shining, Agalloch, Alcest, Converge, Mastodon... e poderíamos complementar com nomes de destaque como Amenra, Anaal Nathrakh, Anathema, Animals As Leaders, ASIWYFA, Author & Punisher, Baroness, Behemoth, BTBAM, Car Bomb, Deafheaven, Deathspell Omega, Diablo Swing Orchestra, Enslaved, Fen, Frontierer, GodMother, Gojira, Grave Pleasures, Hail Spirit Noir, Igorrr, Ihsahn, Krallice, Lamb Of God, Manes, Meshuggah, Moonspell, Nachtmystium, Nails, Ne Obliviscaris, Oceans Of Slumber, Oranssi Pazuzu, Pain Of Salvation, Pallbearer, Panopticon, Paradise Lost, Periphery, Prurient, Rotting Christ, Sepultura, Sigh, SUP/Supuration, Sumac, Swallow The Sun, Tesseract, Triptykon, Ulver, YOB, Zeal & Ardor, dentre tantos, contando carreiras solo e projetos paralelos... e ainda assim, resumiremos ao ótimo grupo australiano PORTAL uma de nossas últimas vagas nessa lista:








40- MITSKI


Aqui também, dentre tantas mulheres, revelações fantásticas da década, outra das melhores a disputar o posto!








BONUS: stoner psychedelic rock


Rock psicodélico, o revival do stoner, ora puxado para o noise, o post, o folk, o indie rock, o pop... ou até mesmo para o mais profundo funeral doom metal.


Nessa miscelânea, temos A Place To Bury Strangers, The Amazing, Bardo Pond, The Black Angels, Black Mountain, Black Rainbows, Black Rebel Motorcycle Club, Blues Pills, Brant Bjork, The Brian Jonestown Massacre, Cass McCombs, Chris Forsyth, Conspiracy Of Owls, Deerhoof, Deerhunter, Ecstatic Vision, Foxygen, Garcia Peoples, Ghost, Graveyard, The Horrors, Jacco Gardner, Jess And The Ancient Ones, Jex Thoth, Kadavar, Karma To Burn, King Buffalo, King Gizzard & The Lizard Wizard, Kylesa, Mac DeMarco, Meat Puppets, Mondo Drag, Monkey3, Narrow Head, Oneida, RMFTM, Royal Thunder, Samsara Blues Experiment, Spirits Burning, Spiritual Beggars, Subrosa, Tame Impala, (Thee) Oh Sees, Torche, Tumbleweed, Ty Segall, Uncle Acid And The Deadbeats, Unknown Mortal Orchestra, Warpaint, White Denim...


Vale uma fuçada boa e uma ouvida em cada uma, especialmente em tempos de engodos pouco criativos estilo Greta Van Fleet...






Ainda vamos destrinchar cada ano da década que se encerra e tentar passar o melhor, mais inquietante e original de cada ao leitor! Fiquem atentos!




terça-feira, 12 de março de 2019

sexta-feira, 8 de março de 2019

PLAY: BMTH, Chemical Brothers, James Blake, Les Claypool, Young Gods, Xiu Xiu




Neste início de ano, ainda presos ao prolífico 2018 e, mais, começando a nos dedicar aos especiais da década, fato é que não podemos deixar de notar algumas belas obras que já moldam o derradeiro 2019:




BRING ME THE HORIZON


Apesar do competente "Sempiternal" (2013), e de seu apagado sucessor em 2015, nos parecia ainda faltar algo a esta banda britânica de relevante alcance na cena. Pois não falta mais. A fórmula deste álbum é perfeita, moderna e empolgante. Um dos improváveis melhores discos do ano até aqui:


Bring Me The Horizon - "Amo" (2019)









CHEMICAL BROTHERS


Já com essa dupla o papo é outro. Sempre empolgaram, vêm de mais um ótimo disco em 2014, "Born In The Echoes", e ainda lançam clipe dirigido por Michel Gondry. Não tem como errar:


Chemical Brothers - "No Geography" (2019)









JAMES BLAKE


Com participações de nomes como Andre 3000, Rosalía, Travis Scott, Moses Sumney e Metro Boomin, eis o mais lindo e variado disco deste fenômeno inglês:


James Blake - "Assume Form" (2019)









THE CLAYPOOL LENNON DELIRIUM


Falamos do projeto Beanpole, retomado por Les Claypool justamente após a aproximação com Sean Lennon, mas eis que 2019 se inicia com um novo capítulo para o insano Claypool Lennon Delirium! Que a década seja lembrada por estes dois discos fenomenais do projeto:


The Claypool Lennon Delirium - "South Of Reality" (2019)









YOUNG GODS


Fortes e ousados ao vivo, porém sumidos do estúdio, eis que a década se encerra com novidades do ícone suíço:


The Young Gods - "Data Mirage Tangram" (2019)









XIU-XIU


Magnífico grupo experimental, ultra produtivo na década, com destaques para "Forget" (2017) e a dobradinha "Angel Guts, Red Classroom"/ "Unclouded Sky" (2014). Este, no entanto, desponta como uma das principais obras do ano, da década e da carreira. Anotem:


Xiu Xiu - "Girl With Basket Of Fruit" (2019)











quarta-feira, 6 de março de 2019

sexta-feira, 1 de março de 2019

SPECIAL: Hip Hop atual (IV)





continuando...

(ver parte III: aqui)




KOOL KEITH


(citamos aqui, aqui e aqui)


O mestre segue frenético, inclusive sob a clássica persona Dr. Octagon:









LOGIC


(citamos aqui, aqui e aqui)


Sofisticado, com especial destaque ao disco de 2015:









LUPE FIASCO


(citamos aqui, aqui e aqui)


Outro que elevou o nível com seu "Tetsuo & Youth" de 2015:









MAC MILLER


(citamos aqui e aqui)


Falecido em 2018, o rapper deixou alguns bons momentos, como no "The Divine Feminine" de 2016:









MILO


(citamos aqui, aqui e aqui)


Outro que quando acerta a mão, manda muito:









NONAME


(citamos aqui e aqui)


Dentre as muitas mulheres de destaque na cena atual, "Room 25", de 2018, foi provavelmente o disco mais falado desta safra. E com justiça, dando sequência ao feito no EP "Telefone" de 2016:










OPEN MIKE EAGLE


(citamos aquiaqui e aqui)


Bastante produtivo desde a década passada, seus últimos trabalhos realmente buscam algo diferente:









PUSHA T


(citamos aqui e aqui)


Outro que, na junção com Kanye West, subiu de patamar em 2018:









SABA


(citamos aqui)


Estivemos entre ele e Chance The Rapper para destacar... ambos merecem atenção para os próximos passos:









SAGE FRANCIS


(citamos aqui)


Desde os anos 90 na ativa, muitas vezes injustamente esquecido:









SCHOOLBOY Q


(citamos aqui)


Este já havia sido destacado em nossos especiais, também da fonte do Black Hippy:









TRAVIS SCOTT


(citamos aqui e aqui)


O currículo com o produtor também se refletiu em bons discos:









21 SAVAGE, OFFSET & METRO BOOMIN


(citamos aqui)


Disco do trio foi forte destaque de 2017 na mídia especializada:








THE UNDERACHIEVERS


(citamos aqui e aqui)


Na dúvida entre eles e os vizinhos Flatbush Zombies, ficamos com um dos preferidos do blog, em especial pelo épico "Evermore: The Art Of Duality", de 2015:








VINCE STAPLES


(citamos aquiaqui e aqui)


Seus 3 discos até aqui na década merecem todo o destaque: