sábado, 25 de maio de 2013

SPECIAL: Explosions In The Sky





"(...) Mas dá para dizer que há um detalhe que une e conecta todos os nossos fãs de carteirinha: eles querem sentir. Se você se permite esse luxo, o mundo se torna mais brilhante, os sons ficam mais refinados e agradáveis, as piadas se tornam mais engraçadas. Essas coisas permitem às pessoas curtir a vida um pouco mais. Então, sim, os fãs hardcore se permitem sentir mais. E sem inibições, amarras. Eles não têm vergonha de se sentir tocados pela música."


Munaf Rayani



http://www.explosionsinthesky.com/

http://en.wikipedia.org/wiki/Explosions_in_the_Sky





segunda-feira, 13 de maio de 2013

AND SO I WATCH YOU FROM AFAR





Estranha o fato de essa exímia banda ainda não constar das grandes listas de revelações da música pesada moderna.


Atribuo, talvez, à dificuldade de precisar o estilo a que pertencem - embora isso não devesse ser empecilho para nada.


Lembro-me quando o grupo surgiu, e muitos o colocavam como executores de uma espécie de math rock / metal. Classificação correta até certo ponto. Mas fato é que o peso os distanciava do mero post rock, na linha de outras bandas instrumentais referências do estilo.


Ao mesmo tempo, não dá para cravar o ASIWFA no campo do metal "extremo", muito embora sua proposta grandiosa e o caráter experimental - ora mais dinâmico, ora mais ambiente - se aproxime de nomes do estilo.


Logo, algo fica claro: a banda percorre, com maestria, diversos caminhos, e o faz com personalidade. E com base em 3 belos discos já lançados, já podemos apontar aqui um grupo de proposta vitoriosa e merecedor de destaque no cenário musical atual.


Vale ainda a ressalva que, ajudando na já aludida dinâmica sonora do grupo, que é qualquer coisa fascinante, temos um elemento eletrônico muito forte - o qual, aliado ao peso contundente, torna um som essencialmente instrumental (embora com alguma boas e apoteóticas inserções vocais) deveras empolgante!



Para ficar atento, sendo que em 2013 deram novo e magistral passo, com um eficiente lançamento que promete estar entre os destaques do ano...



Confira!



And So I Watch You From Afar - "All Hail Bright Futures" (2013)





domingo, 12 de maio de 2013

PLAY: Nick Cave





Tudo o que já foi dito sobre Bowie, o criativo, intenso e performático artista de riquíssima discografia e que se renova em pleno 2013... pois bem, vale igualmente para o também referencial NICK CAVE, que libera mais uma  pequena obra-prima de seu mais recente "Push The Sky Away". Trata-se de "Mermaids", acompanhado de lindo coro...



Nick Cave & The Bad Seeds - "Push The Sky Away" (2013)






PLAY: David Bowie





O mestre e referência deste blog, DAVID BOWIE, atacou com mais um vídeo. Belíssimo, original... polêmico (porque assim o quis a "liga das senhoras católicas", enfim).


Dispensarei o "chover no molhado" que é elogiar essa figura icônica, cujo som não envelhece, mas se renova, a ponto de ter lançado um dos melhores discos de 2013 até o momento.


Vale ainda o destaque à diretora, novamente ela, Floria Sigismondi. E Bowie, que já havia trabalhado com a belíssima Tilda Swinton, desta vez não ficou por baixo e foi de nada menos que Marion Cotillard para sua musa profética da vez. Precisa de mais?



David Bowie - "The Next Day" (2013)







FROM THE HEART: Bauhaus - "Burning From The Inside" (1983)





Está aí um marco do rock gótico oitentista, que até dispensa mais palavras. Ainda assim, cabem os destaques.



O BAUHAUS é uma das mais incríveis e menos destacadas (menos do que deveria) bandas da darkwave. Talvez até porque, formada nos fins dos anos 70, sua origem tenha os pés fincados no pós-punk, e a banda seja uma genuína adepta (e criadora/formadora) do movimento gótico.



Tudo que há de mais soturno no estilo passou pelo Bauhaus. Outras bandas beberam na fonte do punk, foram flertar com o eletrônico, com o rock, o pop, e constituíram aquele movimento tão único, e tão produtivo, como o que ocorreu nos anos 80. Mas o Bauhaus sempre teve seus diferenciais, para torná-lo tão especial.



Vou usar para esta banda até muito do que falei sobre o Lacrimosa, por exemplo, no âmbito do Gothic Metal (aí já tratando de estilos posteriores - e obviamente influenciados - por bandas como o Bauhaus e seus contemporâneos). O paralelo, porém, fica por conta do forte elemento experimental encontrando na banda de Peter Murphy & cia. O Bauhaus é visceral, é soturno, denso... mas sem perder em dinâmica e, tampouco, em beleza e riqueza!



Já que falei nele, vale a reverência: PETER MURPHY é um excelente frontman, criativo e intenso em suas composições, e isso ajuda muito às características e qualidade da banda. É uma época que já nos tinha trazido - e levado - o ícone Ian Curtis (Joy Division). Tínhamos sim o excêntrico Robert Smith (The Cure). Os vocais inigualáveis de Martin L. Gore (Depeche Mode). A enigmática dupla Lisa Gerrard e Brendan Perry (Dead Can Dance). Wayne Hussey (Mission UK), Dave Gahan (Depeche Mode), Andrew Eldritch (Sisters Of Mercy), Siouxsie Sioux (Banshees), Morrissey (The Smiths). Em última análise, bateríamos lá no Hard Rock, com Ian Astbury (The Cult), ou mesmo no que se tornaria um gigante no rock, Bono Vox (U2).



Mas Murphy sempre foi dos meus preferidos.



Não esqueçamos ainda que desta banda seminal viria o ótimo projeto Love And Rockets, além de Peter Murphy, ele mesmo, possuir uma maravilhosa carreira solo, da qual trataremos oportunamente.



Por ora, peço ao leitor que embarque em "Burning From The Inside", a provável obra-prima, por nós escolhida, do maravilhoso Bauhaus.



(e, se cabe uma ressalva, como a que fizemos à época de "Low Life" do New Order, em relação à "obra dentro da obra", quando tratamos de "Elegia"... desta feita, vale a menção toda especial à épica faixa-título do disco aqui tratado... 9 minutos que valem uma vida, de um disco que a vale ainda mais)




Bauhaus - "Burning From The Inside" (1983)




sexta-feira, 10 de maio de 2013

FROM THE HEART:
Wendy Carlos - "Switched-On Bach" (1968)





Vanguarda da música eletrônica. Criativa e inquieta, Wendy Carlos (à época, Walter Carlos) ainda se destacaria na trilha sonora de duas obras de Stanley Kubrick: "Laranja Mecânica" ("Clockwork Orange", 1971) e "O Iluminado" ("The Shining", 1980).


Mas em "Switched-On Bach", disco genial, ela entrou para a história! Conseguiria talvez comparar ao Silver Apples, Suicide ou ao Young Gods, nomes que marcaram o contundente estilo pensado por meio dos sintetizadores.


Simples. Eficiente.


Um passo à frente.


Seminal.


(o ótimo "The Well-Tempered Synthesizer", de 1969, também poderia facilmente ter sido apontado... assim como toda a épica trilha de "Clockwork Orange", linda, da qual ainda falaremos aqui)




Wendy Carlos - "Switched-On Bach" (1968)




http://www.wendycarlos.com/

http://en.wikipedia.org/wiki/Wendy_Carlos