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quinta-feira, 31 de agosto de 2023

PLAY: Aja Monet, Algiers, Altin Gün, Anohni, Depeche Mode, Oxbow



O blog andou ausente, mas é hora de destacar o que de melhor escutamos até o momento, neste já avançado 2023:



AJA MONET


A escritora e ativista Aja Monet lançou seu primeiro e surpreendente álbum. Suas poesias fluem por um spoken word muito próprio, se aproximando do experimental, e não à toa contando com os vocais de Lonnie Holley, Eryn Allen Kane, Saul Williams, Novena Carmel (filha de Sly Stone) e instrumental de primeira com Christian Scott (hoje Chief Xian aTunde Adjuah, trompete), Luques Curtis (baixo), Elena Pinderhughes (flauta), Samora Pinderhughes (piano), Marcus Gilmore e Weedie Braimah (bateria/percussão).


Aja Monet - "When The Poems Do What They Do" (2023)





ALGIERS


O Algiers já foi citado no blog e já trilhava um caminho muito interessante, sendo que a variedade de temas dentro de um mesmo álbum hoje já supera bandas também inovadoras do post punk como Idles, Shame e mesmo o experimental Black Midi.


Com este disco coroam de vez sua sonoridade única, inclusive com convidados do calibre de Zack De La Rocha, Nadah El Shazly, Billy Woods e Backxwash:


Algiers - "Shook" (2023)





ALTIN GUN


É de se ressaltar que tal qual o moderno 'desert rock' (em suas inúmeras facetas e características regionais), e de outras conhecidas vertentes que vão do psicodélico/space rock, da surf music e do klezmer judaico (algo que vemos nas obras de John Zorn, dos Secret Chiefs 3 e mesmo em discos recentes do Subterranean Masquerade ou da sensação Black Country New Road), também volta à cena o chamado Anatolian Rock, o 'rock turco', sempre nesse amálgama com o pop/rock psicodélico.


Hoje, ao lado do Altin Gün (banda holandesa, mas que conta com membros turcos ou descendentes), temos em evidência as cantoras Gaye Su Akyol e Derya Yildirim (sendo que o Altin Gun também conta com uma mulher nos vocais, Merve Dasdemir), o grupo Replikas, o Şatellites (de Israel, também com uma mulher nos vocais, Yuli Shafriri), e até mesmo bandas como a francesa Gondhawa, o israelense Ouzo Bazooka, e podemos seguir por variados elementos do médio oriente passando por lançamentos recentes de Arooj Aftab, Elaha Soroor, Eerie Wanda, Emel Mathlouthi, Nadah El Shazly, Naissam Jalal, Maryam Saleh, Maurice Louca, Sona Jobarteh, Ammar 808, Deena Abdelwahed, Fatima Al Qadiri, Hieroglyphic Being, Jerusalem In My Heart, Ibrahim Maalouf, Sven Wunder, Yazz Ahmed, dentre tantos...


E de tantos citados, o novo disco do Altin Gün vem definitivamente para as cabeças, ao lado de seu já bem sucedido "On" (2018):


Altin Gün - "Ask" (2023)





ANOHNI & THE JOHNSONS


Álbum especial trazendo o retorno de Anohni Hegarty, que já havia liberado o absurdo disco solo "Hopelessness" (2016), mas desta vez retomando a parceria com seu grupo (antes "Antony And The Johnsons"), de vitoriosa carreira na primeira década deste século.


A obra não é menos do que se podia esperar, visceral, carregadíssima em seus vocais emocionais e únicos, trazendo na capa a face da ativista americana LGBT+ Marsha P. Johnson:


Anohni And The Johnsons - "My Back Was A Bridge For You To Cross" (2023)





DEPECHE MODE


Aqui a emoção também toma outro nível. Se um disco do DM é sempre um marco e garantia de qualidade, este álbum de 2023 alcança outro patamar quando lembramos do precoce falecimento de Andy Fletcher em 2022. Já tratamos no blog de alguns importantes discos recentes de David Bowie, Leonard Cohen, Nick Cave, Phil Elverum, ambientados em mortes... e aqui temos mais uma obra marcante, a qual, segundo a dupla Gahan e Gore, tem lamento e pesar, mas também celebração e alegria:


Depeche Mode - "Memento Mori" (2023)





OXBOW


Por fim, o caótico experimental noventista Oxbow, dos insanos Eugene Robinson e Greg Davis, teve grande retorno em 2017 com o aclamado "Thin Black Duke". Desta vez, assinam simplesmente com a Ipecac Recordings e trazem Kristin Hayter (Lingua Ignota) e Roger Joseph Manning Jr. à frente.


Oxbow - "Love's Holiday" (2023)



sábado, 28 de setembro de 2019

PLAY: Christian Scott, Cinematic Orchestra, Maurice Louca, Refugees For Refugees, The Underflow





Variando os temas em 2019:



CHRISTIAN SCOTT


Novo trabalho de uma das principais figuras do jazz moderno, após a fantástica trilogia de 2017:


Christian Scott aTunde Adjuah - "Ancestral Recall" (2019)









CINEMATIC ORCHESTRA


Mais de dez anos após o excelente "Ma Fleur" (2007):


The Cinematic Orchestra - "To Believe" (2019)









MAURICE LOUCA


O destaque egípcio da música experimental lançou em 2017 um dos álbuns mais interessantes dos últimos anos, ao lado de Maryam Saleh e Tamer Abu Ghazaleh, conforme comentamos aqui. Eis seu novo trabalho solo:


Maurice Louca - "Elephantine" (2019)









REFUGEES 4 REFUGEES


Segunda parte do lindo projeto, após "Amerli" de 2016: "It includes an Indo-Pakistani raga associated with a Tibetan song, an Arabic suite incorporating a popular Hazari tune from Afghanistan, a Himalayan song with oriental percussion as well as a Tibetan mantra accompanied by Sufi Arabic and Pakistani spiritual singing."


Refugees For Refugees - "Amina" (2019)









THE UNDERFLOW


A junção de Mats Gustafsson (sax, Fire! Orchestra, The Thing, Anguish, The End), David Grubbs (guitarra, Gastr Del Sol, Bastro, Squirrel Bait, Bitch Magnet) e Rob Mazurek (trompete, Exploding Star Orchestra, Chicago Underground, São Paulo Underground), com álbum prometido para os próximos meses:


The Underflow - "The Underflow" (2019)





segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

PLAY: Arto Lindsay, Christian Scott, Diablo Swing Orchestra, Maryam Saleh, The Residents




O ano no blog termina sem que houvesse tempo para postagens mais constantes e abrangentes do ano de 2017. Ainda assim, incluímos bastante coisa em nossos especiais, sugerindo um "play" sempre em diferentes estilos para nosso leitor.



No soar do gongo, tentamos trazer algumas cerejas para o bolo de vocês:




ARTO LINDSAY


Lounge Lizards, Golden Palominos, Ambitious Lovers e diversas colaborações, em especial com artistas brasileiros, além de instigante carreira solo, colocam ARTO LINDSAY na crista da onda quando o assunto é a nossa tão procurada inovação! O novo disco vem apenas para nos deliciar mais e mais nessa seara:


Arto Lindsay - "Cuidado Madame" (2017)












CHRISTIAN SCOTT


O dinâmico trompetista investe cada vez mais num jazz de vanguarda e ligado a diversas influências. Em disco TRIPLO, que inclui os lançamentos de "Diaspora", "Ruler Rebel" e "The Emancipation Procrastination", parece repetir a ousadia de outros artistas sem amarras, como Matana Roberts, Wadada Leo Smith, Robert Glasper e Kamasi Washington, nesta mesma década:


Christian Scott aTunde Adjuah - "The Centennial Trilogy" (2017)












DIABLO SWING ORCHESTRA


Talvez um dos melhores grupos de heavy metal autêntico e criativo deste século, e que talvez tenha lançado um dos discos do ano, passe despercebido por trazer sua obra tão no tardar de 2017. Que seja lembrado com louvor:


Diablo Swing Orchestra - "Pacifisticuffs" (2017)











MARYAM SALEH


Loucura experimental vinda do Egito, com a cantora Maryam Saleh, unida a Tamer Abu Ghazaleh e Maurice Louca (Bikya, Alif, The Dwarves Of East Agouza), trazendo ainda a poesia contemporânea de Mido Zoheir para suas letras. Dispa-se de quaisquer preconceitos e renda-se ao diferente:


Maryam Saleh, Maurice Louca & Tamer Abu Ghazaleh - "Lekhfa" (2017)











RESIDENTS


Falando em diferente, insanos, uma das bandas preferidas do blog retorna megalomaníaca e bombástica - como o (nada) usual:


The Residents - "The Ghost Of Hope" (2017)