A questão com 2020 é que está impiedoso em ótimos lançamentos, não deixando aquela "baixa" esperada de uma virada de década. E o lado mais pesado tem falado mais alto em obras instigantes:
ALGIERS
O grupo é interessantíssimo, faz um som original e já constitui uma discografia de 3 discos irrepreensíveis. Talvez ofuscados por fenômenos como Idles, têm personalidade, variedade e criatividade, trilhando um caminho muito próprio:
Algiers - "There Is No Year" (2020)
BODY COUNT
Clássico noventista, a porradaria liderada por Ice-T e com forte conscientização política escreveu um capítulo de destaque em 2017, com o disco "Bloodlust". A dose promete se repetir no novo disco:
Body Count - "Carnivore" (2020)
CODE ORANGE
Outro grupo interessantíssimo e original. Dentre os lançamentos de metal da década passada, não deixaríamos de citar "Forever" (2017) como um marco. O novo disco chega mais moderno, sem perder em empolgação:
Code Orange - "Underneath" (2020)
IHSAHN
Certeza de intensidade e qualidade, após uma sequência avassaladora que incluiu "Eremita" (2012), "Das Seelenbrechen" (2013), "Arktis" (2016) e "Ámr" (2018), uma das mentes mais insanas do metal moderno solta, por ora, "apenas" um EP com três sons magistrais e duas covers potentes:
Ihsahn - "Telemark" (2020)
IGORRR
Novamente nos empolgamos com o ano que se inicia, pois traz outro grande nome da música pesada contemporânea: o francês Gautier Serre, que atende pelo já consolidado nome de Igorrr, retorna após o excelente "Savage Sinusoid" de 2017:
Igorrr - "Spirituality And Distortion" (2020)
Igorrr - "Spirituality And Distortion" (2020)
"His participation makes a complete sense to me and to this track: who’s got a better voice than George Fisher’s voice and could fit better on chiptune 8 bit music? Heaviness versus its opposite, I found on this track the perfect match, the perfect balance."
SEPULTURA
Aqui nosso maior destaque até agora, não sendo novidade que os brasileiros vêm numa crescente criativa desde a já longínqua e consolidada chegada de Derrick Green, passando pela entrada de Eloy Casagrande na batera desde 2013. Aqui, temos o ápice, que já poderia ter sido apontado em "Machine Messiah" de 2017, mas vem ainda mais maduro, dinâmico e original neste petardo:
Sepultura - "Quadra" (2020)
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