Mostrando postagens com marcador Nico Muhly. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Nico Muhly. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 29 de março de 2018

SPECIAL: MELHORES DA DÉCADA (3)






Em 2014, fizemos dois especiais (ver parte I e parte II) acerca dos artistas que, até aquele ano, haviam dominado a década. Em termos de sucesso, influência, projeção para o futuro ou qualidade e inovação musicais, aqueles foram selecionados em variados estilos, com a regra de terem lançado ao menos dois álbuns/projetos, na década, até aquele momento.


Chega o ano de 2018, a década começa a dar adeus, e mesmo sabendo que alguns bons clássicos ainda cabem até 2020, vamos complementar aqueles posts e arriscar a "brincadeira" novamente:



21- DAVID BOWIE





Até a metade da década, Bowie já havia lançado ao menos um disco memorável e concorrente ao top 10 dos "anos 10", o empolgante "The Next Day" (2013). Porém, nada preparou o público para o que viria em janeiro de 2016: o lançamento do magnífico "Blackstar", seguido da morte do cantor após batalha contra o câncer. O álbum que será lembrado para sempre como uma espécie de antecipação e celebração, em vida, de sua própria morte. Incrível!






22- NICK CAVE





Cave lançou um dos melhores álbuns da carreira em 2013, o épico "Push The Sky Away", seguido ainda do filme autobiográfico "20,000 Days On Earth", que usou algumas canções do disco como sua bombástica trilha. Lamentavelmente, em 2015 a tragédia se abateria, com a morte acidental de um de seus filhos. Da dor, em vez da reclusão, um álbum soturno e intenso tomou forma: "Skeleton Tree" (2016).






23- SCOTT WALKER





Não é novidade que Scott Walker vem desde os anos 90 se reinventando de forma sem igual no âmbito musical. Logo, o que já vinha sendo desenhado em "Tilt" (1995) e "The Drift" (2006), ganhou logo dois capítulos ousados e avassaladores nos últimos anos: o épico "Bish Bosch" (2012) e o profícuo e inusitado encontro com o essencial Sunn O))) em "Soused" (2014) - na opinião deste blog, os dois maiores discos da década até aqui.






24- KENDRICK LAMAR





Fizemos já alguns especiais de hip hop (ver aqui), e à época até citamos Kendrick como um nome promissor após o excelente "good kid, m.A.A.d City" (2012). Em 2018, o quadro é bem outro: não é possível falar desta década, e tampouco no âmbito do rap, sem citar o nome deste rapaz. Discos ousados e variados entre si, lírica e musicalmente, elevaram com justiça o nome de Kendrick a um posto de sofisticado popstar.






25- SUFJAN STEVENS





Nunca destacamos tanto o rapaz aqui no blog, mas não podemos fechar os olhos para seus méritos. Um artista que basicamente se fez neste século, coleciona ao menos uma obra prima, no topo das listas do ano de 2015, que foi "Carrie & Lowell" - citada inclusive por aqui, por sua temática altamente emocional.

Em 2017, novo destaque ao músico, por sua união a Nico Muhly, Bryce Dessner (The National, ver abaixo) e James McAlister no lindíssimo "Planetarium", além de uma indicação ao Oscar 2018 pela canção "Mystery of Love", trilha do filme "Call Me By Your Name".






26- SUN KIL MOON





A banda, espécie de projeto de Mark Kozelek, também se fez neste século, e foi com "Benji" (2014) que firmou um marco de grande sucesso. Não satisfeito, segue se destacando, tendo lançado "Universal Themes" (2015) e "Common As Light And Love Are Red Valleys Of Blood" (2017), além da vitoriosa colaboração com o excelente grupo Jesu (ver aqui), outro dos grande álbuns desta década!






27- CHELSEA WOLFE





A década é definitivamente da garota. Se não a incluímos no último especial, quando já havia lançado "Apokalypsis" (2011) e "Pain Is Beauty" (2013), reparamos agora o equívoco com a chegada de mais duas obras carregadas em originalidade e intensidade: "Abyss" (2015) e "Hiss Spun" (2017). Essencial!






28- THE NATIONAL





Citados acima, e também aqui, se firmam como um dos grandes grupos do chamado indie - sendo, na verdade, um amálgama de influências que funciona muito bem, em estúdio e ao vivo. Intensos e inquietos, os vocais de Matt Berninger também ajudam a fazer toda a diferença. Pensando em novos grandes nomes do rock de 2000 para frente, citaríamos com certeza esses americanos!






29 - GNOD





Acredito que a produtividade e, em especial, o salto de qualidade presente neste dois discos "Infinity Machines" (2015) e "Just Say No To The Psycho Right-Wing Capitalist Fascist Industrial Death Machine" (2017), já credenciam a banda a entrar neste seleto ranking. Que venham mais obras instigantes!






30- JLIN





Citada por aqui como dona de um dos melhores discos de 2015 e, ainda, repetindo o feito em 2017, eis que Jerrilynn Patton se firma de fato como uma mente criativa e sofisticada a serviço da música eletrônica.






Quem faltou? Death Grips, Depeche Mode, Dillinger Escape Plan, Idylls, Merzbow, Meshuggah, Metá Metá, PJ Harvey, Primus, Sparks, Sumac... deixe sua dica!