terça-feira, 23 de setembro de 2014

SPECIAL: MELHORES DA DÉCADA (2)




Continuando a saga, e seguindo as mesmas regras, eis que citamos mais alguns "donos da década" atual.... (leia a parte anterior aqui)



11 - DEVIN TOWNSEND



(falamos aqui)

Insano, a grande referência do heavy contemporâneo. Com discos que vão do prog que flerta com o eletrônico, música ambiente, new wave ("Ghost" de 2011 ou "Casualties Of Cool" de 2014), até o extremo criativamente desenfreado de épicos do porte de "Deconstruction" (2011) e "Epicloud" (2012) - acima retratados. Com turnês bem sucedidas, lançamento de DVD, inúmeras parcerias em suas composições e projetos paralelos (destaque para o promissor Revolution Harmony), além da atual promessa das continuações do ótimo "Ziltod" de 2007. Absoluto!






12 - ROBERT GLASPER



(falou-se aqui e aqui)

Glasper saiu de destaque como músico de apoio para um compositor de mão cheia. Dois projetos "Black Radio", vitoriosos e aclamados, com parcerias acertadas e som refinado e original. Nada mais se poderia pedir deste prodígio que emerge num âmbito diversificado do jazz mundial.






13 - ALCEST



Da França viria um dos maiores destaques do heavy mundial. Banda relativamente muito nova, pôde conquistar os fãs ao longo de 4 discos, no amálgama entre heavy/black metal com o que se convencionou chamar de shoegaze/post rock - uma salutar nova tendência na música pesada, das quais se tornaram uma das principais referências. No novo disco, "Shelter" (2014), flertaram até mesmo com uma sensacional aura pop. Numa seara mais extrema/doom, dividiram os holofotes com o excelente Agalloch, também de ótimos lançamentos, sendo banda inclusive mais antiga que o grupo francês. Uma louvável nova safra em seu auge criativo.






14 - TRICKY



(falamos aqui e aqui)

O blog pensou antes de inserir o músico Adrian Thaws nesta lista. Tricky sempre se manteve discreto e, apesar do nome e da irrepreensível discografia que tem em seu nome, é pouco prestigiado pela grande mídia. Na década passada ficou em segundo plano e nesta não parece ser diferente, mesmo com ao menos dois lançamentos de impacto e qualidade realmente notáveis, em especial o ótimo "False Idols" (2013). Em 2014 já ataca com um disco auto-intitulado com seu nome real, "Adrian Thaws" (2014), que vem com a obrigação de manter a vitoriosa fórmula de seus antecessores. Tricky é sempre uma boa pedida, e merece destaque nesta lista!






15 - KANYE WEST



O megalomaníaco rapper, de sucesso mundial, poderia se acomodar nessa altura da carreira, com fama e dinheiro. Ao contrário, parece querer investir cada vez mais em obras fantásticas e bombásticas, mexer e chocar seu público. Vindo de uma figura do mainstream, chama atenção a louvável atitude, seja ela polêmica, por egocentrismo ou puro golpe de marketing. Arte pela arte, analisando disco a disco, fato é que Kanye acertou a mão em "My Beautiful Dark Twisted Fantasy" (2010) e mesmo na parceria com Jay Z no competente "Watch The Throne" (2011), sempre ao lado de ótimos convidados e com produções grandiosas. A cereja do bolo veio com o enxuto e torto "Yeezus" (2013), um dos grandes álbuns do ano passado! Que assim continue...






16 - LEONARD COHEN



(citamos aqui)

Completando 80 anos em 2014, eis que Cohen lança "Popular Problems" - sempre mostrando competência, refinamento e alguma forma de se reinventar, não inportando sua idade. A nova obra vem na sequência do profundo "Old Ideas", um dos grandes discos do ano de 2012 (primeiro disco de inéditas desde o longínquo ano de 2004!). O mestre segue em alta na década corrente.






17 - ACTRESS



Darren J. Cunningham entrou na linha de frente da música eletrônica e mesmo experimental, com alguns dos exemplares mais instigantes do estilo em anos. "Splazsh" (2010) já pode ser considerado uma espécie de clássico, referencial, e o que veio em seguida apenas confirmou o talento do nome ACTRESS, com "R.I.P." (2012) e, não tendo encerrado as atividades conforme se podia pensar, ataca com um dos melhores lançamentos deste ano, "Ghettoville" (2014).






18 - ORPHANED LAND



(falamos aqui e aqui)

Os israelense já contavam com um trabalho excepcional e divisor de águas dentro da música pesada (inclusive incluindo seu país no mapa metálico mundial). Tratava-se do ótimo "Mabool: The Story Of The Three Sons Of Seven" (2004). Nesta década, finalmente voltaram a atacar, quando parecia que a cena poderia se esquecer de banda tão promissora (diga-se, desde seus discos iniciais). Eis que "The Never Ending Way Of ORWarriOR" (2010) e "All Is One" (2013) colocaram a banda na linha de frente do heavy mundial, por sua originalidade e indiscutível merecimento.






19 - STEVEN WILSON



Famalos agora de um gênio já muito conhecido no mundo prog/heavy. Inclusive produtor dos discos do Orphaned Land, acima citado - só para citar um de seus trabalhos. Como líder e compositor, está à frente de inúmeros projetos (nesta década destacam-se I.E.M., Blackfield e Bass Communion, só para citar alguns), além de sua banda principal, o Porcupine Tree (sem lançamentos inéditos desde 2009, para desespero de seus fãs). Importante, no entanto, ressaltar seus dois últimos álbum solo, que deram o que falar na cena: "Grace For Drowning" (2011) e o já épico "The Raven That Refused To Sing (And Other Stories)" (2013). Acompanhando este último já clássico trabalho, lançou com o projeto STORM CORROSION o magnífico disco auto-intitulado de 2012. Não à toa, seu parceiro neste último foi Mikael Akerfeldt (Opeth), outra figura exemplar dona (também) desta década, em especial com os lançamentos de sua banda, que harmonizam com a delicadeza e criatividade dos demais aqui citados: "Heritage" (2011) e "Pale Communion" (2014).






20 - MICKEY HART



Uma pena terem passado completamente despercebidas essas duas grandes obras do ex-Grateful Dead: "Mysterium Tremendum" (2012) e "Superorganism" (2013) - neste último, Hart criou sons providos diretamente de sua ondas cerebrais. Um inovador convicto, e que lança discos pra lá de empolgantes, o que é louvável. Merece todo o destaque que lhe é negado.




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