terça-feira, 30 de agosto de 2016

REFERÊNCIA: Joachim Witt


Joachim Witt
22/02/1949
Hamburgo (ALE)





JOACHIM WITT é o grande mestre alemão da música industrial. Sua carreira começa lá nos anos 80, de fato, logo em 1980, com o clássico "Silberblick". Dois anos após, o também referencial "Edelweiß" (1982) é lançado.


Os discos viraram referências, em especial por seus dois hits: "Goldener Reiter" e "Tri-tra-Trullala (Herbergsvater)". Ambos dão o tom dos discos, algo entre o que viria a ser o industrial e a darkwave, ou mesmo o pop da época. Ainda assim, numa junção única e bem curiosa... para não dizer insana! (na coletânea Auf Ewig - Meisterwerke, de 2007, há regravações tão perturbadoras quanto as da época, mas recomenda-se a ouvida nas originais)


A base hipnótica ainda passou para os clipes, onde a figura insólita de Witt dançava de modo robótico, em contextos absurdos. Um vanguardista, claro, com aquela aura rústica (para não dizer 'tosca') oitentista. Ouro puro!



Mas vamos um pouco mais para trás na história para descobrir que Witt contribuía para o grupo alemão Duesenberg, banda também de ares que iam do pop rock a algo do krautrock em vigor na década de setenta.



Joachim Witt é fascinante por ser esse visionário. Após constituir os movimentos acima mencionados, adentrou os anos 90 numa espécie de categoria "cult" da música, sendo uma figura do que se convencionou chamar de Neue Deutsche Welle, uma nova onda alemã um tanto desforme, pois nela poderíamos incluir desde Falco ou DAF, passando por Nina Hagen, até a vanguarda dos Einstürzende Neubauten.



Enfim, algo bem amplo para definir, enfim, música alemã ou a diversificada darkwave alemã.



Não podemos esquecer que, na reta final dos anos 90, a Alemanha revelaria ao mundo o gigante Rammstein. Não por coincidência, nesse jogo de influências mútuas, ao longo da trilogia Bayreuth (1998, 2000 e o posterior III em 2006) Witt adicionara constantes levadas de peso a seu som, de modo a elaborar um industrial ainda mais visceral e rasgado.


Um de seus parceiros inevitáveis foi outro monstro dessa época, Peter Heppner - que já conduzia os trabalhos do essencial Wolfsheim desde o fim dos anos 80, grupo de viés que ia do Synthpop ao ebm.


Logo, não há dúvidas de que Joachim Witt é o grande mestre e referência de toda a geração industrial que se destacaria em 90/00. Além, teve a capacidade de, ao longo de quatro décadas, se reinventar constantemente. Em "Bayreuth 3" (2006), contracena com ninguém menos que Tilo Wolff, numa faixa tipicamente gótica,a belíssima "Abendrot".



Estamos em 2016, e Witt, incansável, ainda tem tempo e inspiração para lançar um novo álbum e belíssimo video clipe.



Um artista que merecia ser muito maior do que o reconhecimento que lhe é atribuído:



Joachim Witt - "Thron" (2016)












sexta-feira, 26 de agosto de 2016

FROM THE HEART: Journey - "Escape" (1981)





"A singer in a smoky room
The smell of wine and cheap perfume..."



Journey - "Escape" (1981)


terça-feira, 23 de agosto de 2016

METALLICA




O anúncio de um novo lançamento do gigante METALLICA é algo a ser louvado!



O grupo, conforme já destacamos por aqui, tem essa tradição de uma carreira longa e sólida, de poucos - mas certeiros - lançamentos.


Ainda possuem o mérito de terem proporcionado ao menos três revoluções dentro da cena, ao mesmo tempo que dentro da própria carreira.



A saber:



Três clássicos absolutos do mais puro e originalíssimo thrash metal, nos anos 80 (Kill, Ride e Master), onde se consolidaram como reis do Big 4 e de todo o estilo.



Após, um disco magnífico de transição ("And Justice..."), para o que seria o primeiro grande racha, a entrada nessa segunda fase, ou revolução, que foi o "Black Album" em 1990. Nunca, nem Metallica e nem o metal soaram daquela maneira única.



Por fim, entre os anos 90 e os 2000, inúmeras crises que passaram por reabilitação, rachas internos, mudança de formação, polêmicas diversas e discos contestadíssimos (se o "Black Album" sofrera resistência de puritanos, os Loads e, em especial, o "St. Anger" de 2003 sofreram muito mais), eis que se abriram as portas para a terceira e duradoura fase de bonança: uma banda madura, renovada e em seu novo auge.



A mensagem foi clara: não subestimem um gigante!



Entretanto, esta terceira e não menos revolucionária fase carece de álbuns de estúdio. Turnês vitoriosas e técnica incontestável parecem apagar o fato de esta fase contar tão somente com o solitário (porém ótimo) "Death Magnetic" (2008).


Erroneamente, "Lulu" (2011), disco de LOU REED em parceria com o Metallica, muitas vezes é considerado como um disco de James Hetfield & cia. Quando, na verdade, é um disco (absolutamente GENIAL, diga-se) de LOU REED. O Metallica é apenas a banda ali presente, em outra grande sacada do falecido mestre.



Em suma, eis o contexto do anunciado "Hardwired... To Self-Destruct", ainda para este ano. Ele tem a missão de mostrar um Metallica acima da média, condizente com sua carreira e com seu momento ao vivo, que ainda é fortíssimo (outro exemplo: já estão escalados para o improvável Lollapalooza Brasil de 2017).



A faixa divulgada, não surpreende, se assemelha muito a "My Apocalipse", do disco anterior. Pegada furiosa, de modo a fazer muito fã desavisado e/ou saudoso bradar pela tal "volta às raízes". Quando, na verdade, a fria análise apontará para mais um lançamento na linha do que fizeram do Load em diante. E isso está longe de ser ruim - vide a ótima mescla em "Death Magnetic", além das ótimas faixas do injustiçado "St. Anger!", onde discute-se mais produção do que a qualidade das faixas em si.



Candidato a disco do ano, claro, por se tratar da maior banda do heavy metal, que extrapolou o estilo para o universo! Ouçam e aprendam:



Metallica - "Hardwired... To Self-Destruct" (2016)













domingo, 21 de agosto de 2016

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

REFERÊNCIA: Roland Orzabal


Roland Jaime Orzabal De La Quintana
22/08/1961
Portsmouth (ING)





Roland Orzabal



segunda-feira, 15 de agosto de 2016

PLAY: Devin Townsend, Dillinger Escape Plan, Meshuggah, Opeth




2016 já conta com lançamento de alguns soberbos supergrupos (Sinsaenum, Giraffe Tongue Orchestra, Gone Is Gone, The Orbs etc), do mestre Ihsahn, e de bandas como Nails e Korn. Se não fosse suficiente, eis que resolvem aparecer:



DEVIN TOWNSEND


Devin Townsend - "Transcendence" (2016)










THE DILLINGER ESCAPE PLAN


The Dillinger Escape Plan - "Dissociation" (2016)










MESHUGGAH


Meshuggah - "The Violent Sleep Of Reason" (2016)










OPETH


Opeth - "Sorceress" (2016)






O que me dizem?







quarta-feira, 10 de agosto de 2016

domingo, 7 de agosto de 2016

PLAY: Gucci Mane, Kanye West, Kendrick Lamar, NAS, Schoolboy Q





O blog está há algum tempo sem falar da cena hip hop, desde o especial em duas partes (I & II) e a lista de destaques em 2015. Mas vamos a algumas pitadas do ano corrente:



GUCCI MANE

Conforme destacamos aqui, o rapper se manteve ultraprodutivo. Mas é agora, com sua saída da prisão em 2016, que lança o novo álbum de estúdio:


Gucci Mane - "Everybody Looking" (2016)












KANYE WEST


Destacamos por aqui, algumas vezes, a sagacidade de Kanye em lançamentos como "My Beautiful Dark Twisted Fantasy" (2010) e "Yeezus" (2013). Bem menos inspirado, nos chegou este novo lançamento em 2016...


Kanye West - "The Life Of Pablo" (2016)










KENDRICK LAMAR

O rei do hip hop atual, e com muitos méritos após o aclamado - inclusive por aqui - "To Pimp A Butterfly" (2015), eis que Kendrick retorna com um já bem sucedido apanhado de b-sides:


Kendrick Lamar - "untitled unmastred." (2016)













Mestres se unem nesta imperdível trilha sonora:


"The Land" (OST) (2016)
















SCHOOLBOY Q


Sucessor do ótimo "Oxymoron", de 2014:


Schoolboy Q - "Blank Face LP" (2016)









quarta-feira, 3 de agosto de 2016

FROM THE HEART: David Bowie - "Low" (1977)





"Don't you wonder sometimes?
'Bout sound and vision..."



David Bowie - "Low" (1977)



*** veja também, nesta seção: "Hunk Dory" (1971)



segunda-feira, 1 de agosto de 2016