domingo, 31 de agosto de 2014

REFERÊNCIA: Sun Ra


Herman Poole Blount, Le Sony'r Ra
22/05/1914 - 30/05/1993
Birmingham, AL (EUA)





quinta-feira, 28 de agosto de 2014

SPECIAL: MELHORES DA DÉCADA




A ideia da presente seleção é apontar os artistas que estão dominando a década corrente. É sempre complicado falar de um período que ainda não se encerrou, falta aquele distanciamento até certo ponto necessário para avaliar impacto e real influência de diversos artistas / lançamentos.


A proposta aqui é simples e descompromissada: apontar quem já lançou ou esteve envolvido em ao menos DOIS lançamentos nesta década. Pegamos, sim, o conceito errôneo de "década", incluindo o ano de 2010 (lembrando que década mesmo vai de 11 a 20). Logo, são CINCO anos, e pensamos que quem o "domina" em termos de novos discos é porque impactou com mais de um lançamento, mantendo-se constante em força e inovação a cada novo álbum - e claro que o critério deixa de fora artistas essenciais.


No mínimo, serve como um bom apanhado de sugestões:




01- JANELLE MONÁE



(falamos aqui)

A menina havia ensaiado qualquer coisa bela e instigante com o curto debut "Metropolis: Suit I (The Chase)" (2007). Mas nada preparou a audiência para a proposta bombástica e inovadora que tomou a cena musical de assalto, com "The ArchAndroid" (2010) e "The Electric Lady" (2013). Discos variados entre si, e cada um, por si só... revelando uma inquieta mente prodígio, transbordando talento em cada ritmo ou experimentação em que se arrisca. A dona da década, para nós.




02- SWANS



(falamos aqui)


Michael Gira voltou alucinante. Intenso como nunca. E quando se esperava que o já clássico "The Seer" (2012) seria produto criativo isolado - e, de tão perturbador, era de se esperar que o fosse - fato é que, em tempo recorde, o grupo abala novamente nossas estruturas emocionais com "To Be Kind" em 2014. Assustadoramente maravilhoso!




03- SHINING (NOR)



(falamos aqui, aqui e aqui)


O que foi feito de melhor, mais intenso e instigante no Heavy Metal dos últimos anos. Comportando toda a diversificação advinda de elementos não tão próprios da música pesada - mas, dentro dela mesma, soando únicos como nunca antes no estilo. Uma nova forma de propor algo que poderia ser "apenas" Black Metal, ou "apenas" Prog, mas é muito mais e qualquer coisa indescritível. Deixe-se embalar por "BlackJazz" (2010) e "One One One" (2013).




04- MATANA ROBERTS



(falamos aqui)

A garota que revoluciona o free jazz atual, com a saga Coin Coin, já com dois capítulos soberbos escritos: "Gens De Couleur Libres" (2011) e "Mississippi Moonchile" (2013)!




05- KILLER MIKE



(falamos aqui, aqui e aqui)


Talvez o que se fez de mais agressivo e inovador no hip hop atual passou por El P e Killer Mike. Destacamos aqui o álbum deste último, já um clássico, o excelente "R.A.P. Music" de 2012. Não se ignorando o igualmente instigante "Cancer 4 Cure" de El P (do mesmo ano), fato é que os expoentes se juntaram de vez em RUN THE JEWELS - cuja primeira parte destacamos (lançada em 2013), mas já aguardamos a segunda parte prometida para este 2014.




06- MATS GUSTAFSSON



(falamos aqui)


Voltando ao free, falamos aqui da Fire! (às vezes lançando em seu formato Fire! Orchestra)... mas é óbvio que todo seu trabalho com o The Thing também é louvável, além das parcerias ao lado de Oren Ambarchi, Jim O'Rourke, Thurston Moore, Agustí Fernández, Ken Vandermark, dentre tantos outros mestres contemporâneos. Uma das figuras mais inquietas e produtivas da década até aqui, com ao menos TRÊS obras-primas nessa bagagem: "Exit", "(Without Noticing)" - ambos da Fire!, que dominaram o ano de 2013...




07- NENEH CHERRY



(falamos aqui)


... e o exaltadíssimo "The Cherry Thing" (2012), do The Thing. Outra das obras máximas capitaneada pelo ótimo projeto de Gustafsson, e que deu o que falar por convocar a musa Neneh Cherry, em tributo inclusive a seu pai. A seleção de canções foi inspiradíssima, assim como a roupagem torta aplicada à proposta quase acessível, levada a cabo pela voz da cantora. Esta, no embalo, nos brindou com um dos melhores discos de 2014, o potente "Blank Project".




08- MASTODON



(falamos aqui e aqui)


Outra das potências contemporâneas do Metal, também criando um estilo muito próprio, numa junção de influências e elementos de composição que soam mais do que revigoradas, mas como autêntica novidade, álbum após álbum dentro do estilo. "The Hunter" (2011) e "Once More 'Round The Sun" (2014) mostram que o grupo não se acomodou com a ousadia vitoriosa da década passada e ainda tem tempo de se reinventar de modo absolutamente empolgante!




09- JACK WHITE



(falamos aqui)


O prodígio líder do finado (?) White Stripes começou 2009 com o ótimo projeto Dead Weather, no espetacular disco "Horehound", seguido de "Sea Of Cowards" (2010). Mas seus dois ousados álbuns solo, o impactante "Blunderbuss" (2012), e agora o bem sacado "Lazaretto" (2014), confirmam Jack como verdadeiro gênio, sem prejuízo de seu trabalho à frente da Third Man Records, além de inúmeras participações especiais no universo musical.




10- THE ROOTS



(falamos aqui)


O coletivo projeta outra década vitoriosa. "Undun" foi novo marco, lançado em 2011, e as inúmeras parcerias (lembrar que é a banda residente no show de entrevistas de Jimmy Fallon nos EUA) vêm rendendo bem sacados projetos, como foi o caso do já épico encontro com Elvis Costello no "Wise Up Ghosts" de 2013. O ano corrente não fica por menos, com o novo lançamento do grupo, digno do topo das listas de melhores de 2014: o maravilhoso "... And Then You Shoot Your Cousin".




(continua aqui)




sábado, 23 de agosto de 2014

MUSAS: Juçara Marçal






Conforme já indicamos aqui, a cativante e criativa musa, dona de um dos melhores discos deste 2014!



Juçara Marçal - "Encarnado" (2014)




http://www.jucaramarcal.com/









sexta-feira, 22 de agosto de 2014

SKINDRED





Um dos grandes lançamentos no âmbito do Heavy Metal neste 2014 vem logo do início do ano. Meio despercebido, o ótimo SKINDRED atacou novamente com seu já característico estilo. Estilo este que muitos brincam ser uma espécie de "reggae metal" (até pela "filosofia" e/ou visual do grupo), mas que nada mais é que o alt metal habitual, algo de metalcore, um som bastante moderno, mas feito com uma personalidade muito forte, características muito próprias, o que é sempre bem vindo - e, sim, possuindo flertes e levadas típicas de ritmos como o punk, reggae e mesmo o eletrônico.


A faixa-título já dá uma excelente ideia do som e da carreira vitoriosa dos caras, embora esperemos ainda mais inovações, especialmente para que não repitam sempre a mesma (embora empolgante) fórmula.


Skindred - "Kill The Power" (2014)







http://www.skindred.net/
http://en.wikipedia.org/wiki/Skindred



domingo, 17 de agosto de 2014

FROM THE HEART: My Dying Bride - "Turn Loose The Swans" (1993)





"Arise from your slumber in my arms
Your beauty took the strength from me
In the meadows of heaven, we run through the stars
Romantic in our tastes
We are without excuse
We burn in our lust
We die in our eyes and drown in our arms"



My Dying Bride - "Turn Loose The Swans" (1993)



REFERÊNCIA: Anthony Braxton


Anthony Braxton
04/06/1945
Chicago, Illinois (EUA)






"Eu comecei meu trabalho em 1960. Como um jovem rapaz, eu tinha muito interesse em rock'n roll e jazz. Mais tarde eu descobri a composição. Em 1966 eu fiz meu primeiro concerto solo, e esse foi o ponto de virada do meu trabalho e o começo dele como eu o entendo."


"Minha música não é jazz, não é música clássica, mas é uma música que é como a minha vida, que está entre esse espaço... não é preto, não é branco. Não é democrático ou republicano. A nomenclatura que chamamos de jazz é parte do que eu aprendi - eu sempre amei jazz, e certamente amo a música clássica - mas o meu trabalho é em outro espaço e não pode ser entendido com os modelos clássicos. Eis porquê estou começando a definir a filosofia da música."


"A grande obra de Richard Wagner teve real influência sobre mim. E eu me tornei interessado em contar histórias, em construir personagens, construções psicológicas. E sim, a ópera era uma forma de trazer um mundo imaginário."


"Meu desejo é ter um concerto em Nova York, que aconteça ao mesmo tempo em São Paulo, e em Praga, na República Tcheca. Ao mesmo tempo ter câmeras de televisão ligando tudo isso por meio de holografias em que todos podem ver tudo. No final, o que estou descrevendo? Descrevo novos modelos que estão relacionados com o terceiro milênio, e não para o século XX. Novos modelos que permitirão o teletransporte, performances simultâneas, por exemplo."





quinta-feira, 7 de agosto de 2014

SPECIAL: Melvis, Primus, Flying Colors



O ainda devagar ano de 2014 chega ao 2º semestre com a perspectiva de alguns lançamentos bombásticos. O ano só acaba quando termina...






A primeira boa notícia vem do sempre produtivo MELVINS, da insana figura de BUZZ OSBORNE. Ao lado do habitual baterista Dale Crover e de parceiros do Butthole Surfers, voltando ao formato quarteto, o grupo libera em outubro "Hold It In", pelo sempre cativante selo Ipecac Recordings (Mike Patton).




Melvins - "Hold It In" (2014)









Apesar da preocupante notícia acerca do estado de saúde do baterista Tim Alexander, fato é que, também em outubro, LES CLAYPOOL & cia. lançam "Primus & The Chocolate Factory with The Fungi Ensemble". A temática, sempre surreal, remeterá a Willy Wonka e sua Fantástica Fábrica de Cholocate - como indica a capa da obra.


Lembrando que Les Claypool já lançou, ao lado de seu Duo de Twang, neste mesmo 2014, o "Four Foot Shack" - disco de releituras próprias num formato quase country.


Ouvidos sempre atentos!



Primus - "Primus And The Chocolate Factory" (2014)








Para os fãs de um rock progressivo que soe moderno e atualizado, eis que MIKE PORTNOY atacará novamente com um de seus melhores projetos nos últimos anos, o FLYING COLORS.


Com STEVE MORSE (Deep Purple, Dixie Dregs, Kansas), NEAL MORSE (Spock's Beard, Transatlantic), DAVE LaRUE (Dixie Dregs) e CASEY McPHERSON (Alpha Rev), o supergrupo busca reviver os excelentes momentos de sua já clássica estreia, no álbum auto-intitulado de 2012.


Esperamos que o grupo busque cada vez mais novos e ousados horizontes - diferentemente do que fez, por exemplo, o Adrenaline Mob, a despeito de terem perdido a veia criativa de Portnoy, ainda presente no FC. Portnoy que já havia começado o ano em alta, com o novo disco do TRANSATLANTIC, o ótimo "Kaleidoscope".


Flying Colors - "Second Nature" (2014)