Mostrando postagens com marcador Ken Hensley. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Ken Hensley. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

MORTES EM 2020



Nem precisamos dizer o quanto 2020 foi difícil. Muito embora haja uma sensação geral de que todo ano seja ou esteja sendo pior - sensação talvez parcialmente justificável, por tudo que ocorre no mundo e pela frustração de que tantos avanços tecnológicos não contribuam para a resolução de conflitos humanos históricos, direitos e dignidade do indivíduo e do coletivo, etc. - este último ano trouxe ainda a pandemia e consequências sem precedentes em diversas áreas. E, em sua pior faceta, as vidas que foram levadas com ela.


Para além disso, e por diversos outros motivos, muitas outras mentes também nos deixaram. Já havíamos trazido um apanhado da década passada por aqui, e incluímos nele as perdas do primeiro semestre deste 2020. Mas em seguida a coisa não ficou melhor, com a partida de mestres como Eddie Van Halen, Simeon Coxe, Sean Malone, Tim Smith, Kali Fasteau, Ken Hensley, Harold Budd, Leslie West, e, neste último dia do ano, ficamos sabendo por sua família que o genial rapper Daniel Dumile, o MF DOOM, já havia nos deixado em outubro - o que só foi revelado agora.


Fica nossa homenagem a todos eles, pois sua arte nos ajuda nos momentos difíceis e nos fazem progredir:


Adam Schlesinger (Fountains Of Wayne)

Alan Merrill (The Arrows, Rick Derringer, Meat Loaf)

Alan Peters (baixista, Agnostic Front)

Aldir Blanc

Alto Reed (sax, Bob Seger, Grand Funk, Foghat)

Andrew Weatherall

Andy Gill (guitarrista, Gang Of Four)

Armando Manzanero

Arnaldo Saccomani

Barbara Martin (The Supremes)

Benny Mardones

Betty Wright

Big George Brock

Bill Rieflin (baterista, Ministry, REM, King Crimson)

Bill Withers

Billy Joe Shaver

Blue Gene Tyranny

Bob Andy (Keith Anderson)

Bob Kulick (guitarrista, Kiss, Lou Reed)

Bones Hillman (baixista, Midnight Oil)

Bonnie Pointer (The Pointer Sisters)

Brent Young (baixista, ex-Trivium)

Brian Howe (Bad Company)

Bruce Williamson (The Temptations)

Bruno Pompeo (Voodoopriest)

Bucky Baxter (guitarrista, Bob Dylan)

Bucky Pizzarelli (guitarrista)

Cargê (baixista, Casa Das Máquinas)

Carl Mann

Cavan Grogan (Crazy Cavan 'N' The Rhythm Rockers)

Charley Pride

Charlie Daniels

Chet JR White (Girls)

Chynna Rogers

Ciro Pessoa (Titãs, Cabine C)

Claudia Telles

Cleveland Eaton

Cor Fuhler

Danny Ray Thompson (sax)

Dario Gianella (guitarrista, Tarkus)

Dave Greenfield (tecladista, The Stranglers)

Dave Hathaway (baterista, Wild Dogs)

David Olney

David Roback (Mazzy Star)

Denise Johnson (Primal Scream)

Derek Jones (Falling In Reverse)

Diane Moser (pianista)

Dieter Horns (baixista, Lucifer's Friend)

Eddie Gale (trompetista)

Eddie Van Halen




Eddy Davis (banjo)

Edna Wright

Ellis Marsalis Jr. (pianista)

Elyse Weinberg

Emitt Rhodes

Enéas Enézimo

Ennio Morricone

Ewa Demarczyk

Fernando Hagihara Borges (baixista, VersOver)

Florian Schneider (Kraftwerk)

Frankie Banali (Quiet Riot)

Fxxxxy (Maudell Watkins)

Ganxsta Ridd (Boo-Yaa Tribe)

Gary Peacock (baixista)

Genesis P-Orridge (Throbbing Gristle, Psychic TV)

Gerson King Combo

Giuseppi Logan (sax, oboé)

Gordon Haskell (baixista, King Crimson)

Gordon Stone (guitarrista, Phish)

Guina Martins (tecladista, Zero Hora, Centúrias, Patrulha do Espaço)

Hal Singer (sax)

Harold Budd

Helen Reddy

Henry Gray (pianista, Howlin' Wolf, Muddy Waters)

Henry Grimes (baixista)

Hiromi Yasuda (guitarrista)

Hiroshi Suzuki (trombone)

Hugo Carranca (Sheik Tosado, Otto)

Itaru Oki (trompetista)

Ivan Král (guitarrista, Patti Smith, Iggy Pop)

Jack Sherman (guitarrista, RHCP)

Jacques Coursil (trompetista)

Jamie Oldaker (baterista)

Jason Rainey (guitarrista, Sacred Reich)

Jason Slater (baixista)

Jerry Jeff Walker

Jerry Slick (baterista, The Great Society)

Jim Tucker (guitarrista, The Turtles)

Jimmy Cobb (baterista)

Jimmy Heath (sax)

Joe Porcaro (baterista)

Joey Image (baterista, The Misfits)

John Meyer (guitarrista, Rose Tattoo)

John Prine

Johnny Nash

Jonty Skrufff (DJ)

Jorge Santana (guitarrista, Santana)

Josef Bansuelo (baixista, 7 Seconds)

Joseph Payne (baixista, Divine Heresy, Nile)

Joseph Shabalala (Ladysmith Black Mambazo)

Josh Pappé (baixista, D.R.I., Gang Green)

Judy Dyble (Fairport Convention)

Julian Bream (violonista)

Juliette Gréco

Justin Townes Earle

Keith Tippett (pianista, King Crimson)

Ken Hensley (Uriah Heep)




Kenny Rogers

Krzysztof Penderecki

Lee Kerslake (baterista, Ozzy Osbourne, Uriah Heep)

Lee Konitz (sax)

Leslie West (Mountain)

Little Richard

Louie Kouvaris (guitarrista, Riot)

Lyle Mays (tecladista, Pat Metheny)

Majek Fashek

Malik B (The Roots)

Manu Dibango

Marcelo Peralta (sax)

Marcos Resende (tecladista)

Mark Stone (baixista, Van Halen)

Martin Birch

Martin Griffin (baterista, Hawkwind)

Marty Grebb

Masayoshi Kabe (baixista, Food Brain)

Matthew Seligman (baixista, The Soft Boys, Thomas Dolby)

McCoy Tyner (pianista)

MF DOOM

Millie Small

Moon Martin

Moraes Moreira (Novos Baianos)

Mory Kanté (Rail Band)

Mr. Chi Pig (SNFU)

Naomi Munakata

Neil Peart (baterista, Rush)

Noah Creshevsky

Onaje Allan Gumbs (pianista)

Paul Chapman (guitarrista, UFO)

Paul Kopasz (Paul K.& The Weathermen)

Pauline Anna Strom

Paulinho (Roupa Nova)

Pelle Alsing (baterista, Roxette)

Pete Carr (guitarrista)

Pete Way (baixista, UFO, Waysted)

Peter Green (Fleetwood Mac)

Peter King (sax)

Peter Thomas (compositor)

Phil Ashley (tecladista)

Phil May (The Pretty Things)

Pierre Kezdy (baixista, Naked Raygun)

Rance Allen

Rafael Andrade (pianista)

Reed Mullin (baterista, Corrosion Of Conformity)

Regina Werneck (Quarteto Em Cy)

Renato Barros (Renato e Seus Blue Caps)

Rev. John Wilkins

Richard Teitelbaum (tecladista)

Riley Gale (Power Trip)

Rocco Prestia (baixista, Tower Of Power)

Roger Quigley (The Montgolfier Brothers)

Rubinho Barsotti (baterista, Zimbo Trio)

Rupert Hine

Ryo Kawasaki (guitarrista)

Sammy Shmoulik (Picture)

Sean Malone (Cynic)

Sean Reinert (baterista, Cynic, Death)

Sérgio Ricardo

Sid McCray (Bad Brains)

Simeon Coxe (Silver Apples)




Simon H. Fell (baixista)

Spencer Davis

Stanley Crouch (baterista)

Steppa Jordan Groggs (Injury Reserve)

Steve Grossman (sax)

Steve Martin Caro (The Left Banke)

Steve Priest (baixista, The Sweet)

Sweet Pea Atkinson

Tim Smith (Cardiacs)

Tommy DeVito (Four Seasons)

Tommy Larsson (baixista, Fullforce, Dream Evil)

Tony Allen (baterista, Fela Kuti)

Tony Constanza (baterista, Machine Head, Crowbar)

Tony Lewis (The Outfield)

Toots Hibbert (Toots And The Maytals)

Toshinori Kondo (trompetista)

Tunai

Ubirany (Fundo de Quintal)

Vanusa

Vern Rumsey (baixista, Unwound)

Viola Smith (baterista)

Wallace Roney (trompetista)

Walter Lure (Johnny Thunders & The Heartbreakers)

Wolfgang Dauner (pianista)

W.S. Holland (baterista, Johnny Cash, Carl Perkins)

Zeca Da Cuíca

Zusaan Kali Fasteau

Zuza Homem de Mello


RIP †


terça-feira, 9 de abril de 2013

JORN LANDE - parte II






continuação (ler parte I)


Se os discos já citados jamais ocuparam um merecido lugar de destaque no âmbito da música pesada, ao menos serviram para Jorn alcançar o estrelato, ocupando o posto à frente do (que prometia ser) gigante MASTERPLAN, com os ex-Helloween Roland Grapow e Uli Kusch. A estréia auto-intitulada em 2003 não decepcionou, e pode ser facilmente colocada ao lado dos citados discos do ARK e do Beyond Twilight como uma das principais obras da década passada. Uma nova proposta, uma nova maneira de se pensar o Heavy, passando pelo Hard grandioso de bandas como o Rainbow, indo ao progressivo, e flertando com o melódico e mesmo com o Thrash. Uma banda única!


Novamente, uma enorme pena o fato de o Masterplan TAMBÉM não ter decolado - ao menos não como deveria. Após um bom segundo disco, "Aeronautics" (2005), Jorn deixou o grupo (mais um em sua carreira). A banda enveredou para um heavy firme e vigoroso, mas longe da criatividade do primeiro álbum. Jorn voltaria em 2010 para gravar "Time To Be King", com uma formação bem modificada e já sem o brilho de outrora.




Mas os projetos paralelos e participações de Jorn seguiam fortes, pérola atrás de pérola. O excelente e bem característico melodic hard do MILLENIUM, ainda em 2000, também é um destaque que vale a pena ser ouvido, ao lado de nomes como RALPH SANTOLLA (Deicide, Obituary, Iced Earth, Sebastian Bach) e SHANE FRENCH (Jon Oliva's Pain, Circle II Circle).


Indo além, lançaria a trilogia "The Battle" (2005), "The Revenge" (2007) e "The Showdown" (2010) ao lado de ninguém menos que RUSSEL ALLEN (Symphony X, Star One). Duas das maiores vozes do metal unidas a serviço de um Hard/AOR de extrema potência e beleza.



Falando de projetos mais ousados, Jorn se tornou figura fácil em rock operas do porte de "01001011" (2008) do AYREON de Arjen Lucassen, "The Scarecorw" do AVANTASIA de Tobias Sammet (com quem excursiona até hoje), "The Final Surprise" (2007) do GENIUS de Daniele Liverani, e o épico "Nostradamus" de NIKOLO KOTZEV (líder do excelente BRAZEN ABBOT, banda que também contou com Jorn no "Guilty As Sin" de 2003). Vale lembrar ainda da seleção de KEN HENSLEY (Uriah Heep) no ótimo "Blood On The Highway" de 2007.





Paralelamente a tantas colaborações magistrais, Jorn sempre se mostrou seguro numa estável carreira SOLO - que contrasta com o vai-e-vem de suas bandas e demais aventuras. No entanto, o destaque aqui fica mais por conta de seus primeiros álbuns, em especial "Starfire" (2000, contando com eficientes covers de bandas como Journey, Foreigner e City Boy), "Worldchanger" (2001) e "Out To Every Nation" (2004).



A verdade é que Jorn, solo, nunca lançou algo abaixo da média. Porém, em contraste, conforme dito, com tão ousados grupos que ajudou a formar no passado, lançando álbuns tão únicos e variados entre si, gera certa decepção sua acomodação num Hard/Heavy que passou a redundar numa espécie de "fórmula" - já pouco atrativa. Exemplo disso é que um novo disco de Jorn Lande costumava ser um evento até poucos anos atrás... e hoje, passa um tanto despercebido.



Jorn é versátil e poderoso como poucos na cena metálica. Já é uma figura referencial para o estilo, fez escola, e sua discografia se tornou uma espécie de fenômeno cult no âmbito metálico. Com isso, temos a expectativa de que venha a constituir NOVAMENTE a vanguarda do heavy moderno, como fez com tanta maestria ao longo das últimas décadas...



http://www.jornlande.com/





domingo, 7 de abril de 2013

JORN LANDE - parte I





JORN LANDE é uma referência, vocal e criativa, do Heavy Metal moderno.


Enquanto sua VOZ potente e avassaladora chocou a todos os ouvintes, especialmente a partir do final dos anos 90, quando se tornou uma realidade, temos ainda como base as bandas e projetos para os quais a emprestou - não por coincidência, grupos que sempre primaram pelo que há de mais ousado no Hard/Heavy dos últimos anos.



Eis que Jorn Lande se estabeleceu numa espécie de vanguarda do Heavy Metal, que aqui sempre apontamos.



Voltando ao ponto de sua inigualável técnica vocal, agressiva e acompanhada de uma forte presença, seja em estúdio ou no palco, podemos dizer que Jorn sofreu certa injustiça no início de carreira (às vezes, sofre até hoje), vez que demasiadamente comparado a DIO e, em especial, a DAVID COVERDALE.


Enquanto referência, são algumas das melhores, realmente. Mas muitos críticos o limitaram a mera "cópia" de seus mestres. Aí o equívoco é claro! Jorn foi MUITO além, elevando sua versatilidade para fora do classic rock. Tanto que foi para o Heavy Metal, passeou pelo Hard/AOR, essencialmente pelo Prog Metal, e até pelas áreas mais grandiosas e extremas da música pesada. Jorn NUNCA foi cópia de nada, exceto quando assim quis soar, seja por proposta, seja por homenagem.



É o caso do começo de sua carreira, quando dentre outros projetos, seguiu a linha Hard no ótimo VAGABOND, assim como no THE SNAKES - ali sim, um tributo mais óbvio a Coverdale.


O grau mais elevado de sofisticação alcançaria, no entanto, por três grupos que eu apontaria como obrigatórios no Prog Metal moderno: ARK, BEYOND TWILIGHT e o obscuro MUNDANUS IMPERIUM.





O último lançou apenas um disco, mas é um senhor disco! Trata-se de "The Spectral Spheres Coronation", de 1998. Flertava com algo do Black Metal avant-garde norueguês, e contava com membros do extinto Nattefall. Especialmente se considerarmos a época de lançamento, a banda merecia um futuro mais produtivo. Infelizmente, deixou apenas UM (ainda que ótimo) registro.


Já o BEYOND TWILIGHT marcou época com o disco de estréia, que é o que traz Jorn Lande à frente: "The Devil's Hall Of Fame" (2001) ainda será muito falado neste blog, sendo um épico conceitual composto por FINN ZIERLER (Twilight, Manticora), o qual seguiu ativo lançando os igualmente excelentes "Section X" (2005) e "For The Love Of Art And The Making" (2006) - esses já sem Jorn, com o qual se desentendeu acerca dos reais créditos do primeiro disco.


Se criatividade é a palavra de ordem, o marcante ARK tinha isso de sobra! O Prog aliado ao Hard, ao Heavy e ao AOR, ao lado dos amigos  TORE OSTBY (ex-Conception, outra grande fonte criativa),  JOHN MACALUSO (TNT, Riot, Union Radio, MCM, Alex Masi, Mullmuzzler, Unwritten Pages),  RANDY COVEN (Malmsteen, Riot, MCM, Vitalij Kuprij, Magni Animi Viri)  e MATS OLAUSSON (Kamelot, Malmsteen, Evil Masquerade, Biscaya).




Era uma seleção do que havia de mais sofisticado no Heavy/Prog mundial, que não poderia resultar em outra coisa senão na obra prima "Burn The Sun", segundo álbum do grupo, de 2001. Outra que qualquer fã de música sente por não ter tido continuidade e lançado mais discos...


to be continued (ler parte II)