Já destaquei algumas vezes a importância do lado mais teatral das composições e suas interpretações, seja no âmbito do rock'n roll, ou em que estilo seja. Uma boa canção ganha muito em intensidade se sua dinâmica e toda sua estrutura puderem estar direcionadas a algo menos mecânico, e mais cativante, VIVO, elevando-a a outro patamar.
Falei do rock pesado, mas é algo que cobro muito da música de forma geral. E os grandes exemplos de quem a faz com o coração são sempre devidamente reverenciados por aqui. Mas, neste post, fui aos primórdios dessa vertente, num disco que tem muito do rock, do pop e de uma série de elementos que seriam mais bem explorados a partir dele.
Refiro-me ao mestre Elton John e, em especial, a esta pérola de seu início de carreira. Elton produziria obras talvez até mais ricas, sofisticadas (sofisticação é sua marca!) e grandiosas ao longo de sua carreira. Mas a descontração, a desenvoltura que já mostrava em 1970, com tamanha potência, com composições tão belas, já tão marcantes e empolgantes, e tudo comandado com maestria do alto de seu piano - instrumento que é outra de suas marcas, mas ainda mais privilegiado neste início de carreira. Tratava-se de algo realmente à parte na cena.
Estamos aqui a alguns anos de distância do Hard Melódico/AOR, por exemplo. Vinha-se, aliás, da década dos Beatles, do The Who. 1970 é ainda, por exemplo, o ano que Andrew Lloyd Webber montaria seu épico "Jesus Christ Superstar". E a partir de tudo isso, monstros do porte de David Bowie, Meat Loaf, Alice Cooper e o próprio Queen trariam muito dessa aura criativa e performática para suas respectivas carreiras, que também ali se iniciavam
E lá, emparelhado com todos os citados, se encontrava esta mini obra-prima, de sir Elton John, figura que mudaria o pop/rock mundial para sempre.
Permita-se viver essa obra!
Elton John - "Elton John" (1970)
http://www.eltonjohn.com/
http://en.wikipedia.org/wiki/Elton_John
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