domingo, 7 de abril de 2013

MUSAS: Lykke Li






Muito do que já falei sobre Emily Haines pode ser aplicado à garota LYKKE LI, embora esta última não esteja ligada propriamente a uma banda.


Esta sueca, que inclusive leva uma carreira paralela no mundo da moda, poderia ser só mais uma cantora pop de poucos atrativos artísticos. Caso não, na abrangente cena indie, poderia ser mais uma no mar de cantoras de estilo ora blasé, ora extremamente simpático e/ou angelical, dando seguimento a clichês de pouca envergadura musical.



Nada disso se aplica à arrojada Lykke. Seu início foi bombástico, pois um debut como "Youth Novel" (2008) é algo para se considerar. Digo, tão alto grau de maturidade poderia se esperar após alguns álbuns, e não logo de primeira, especialmente vindo de uma artista que, conforme dito, não vinha já de uma carreira relevante ao lado de qualquer outra banda ou projeto.


Vale dizer que o som de Lykke Li não pretende nada mirabolante. O que também é muito válido, pois as composições ganham em intensidade. Lykke dá esse tom a seu trabalho, sendo ELA o elemento "bombástico", enquanto a sonoridade encanta pelas sutilezas, por uma riqueza musical e uma diversidade muito gostosa de estilos, variedade de climas, elementos e instrumentos utilizados.


Trazendo sofisticação ao pop, passando pelo rock, pelo folk, o soul e o eletrônico, Lykke seguiu com o mais contido, mas bem sucedido "Wounded Rhymes" (2011). Faixas como "Get Some" alavancaram um pouco mais sua exposição, sendo que tocou em festivais e realizou importantes parcerias ao vivo. Embora este blog já esteja fissurado nos dois primeiros discos da moça, fato é que ela se encontra naquele limiar entre a aposta/promessa e a efetiva "realidade".



Gostaria que ela utilizasse o talento e ousadia que já mostrou em algo maior, mais impactante e criativo. Partindo-se do que já mostrou, não é difícil imaginar que seja capaz de um passo ainda mais à frente. É o que esperamos.


Por ora, fica o registro desta musa da música moderna.













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