Difícil escolher um disco do Journey para dizer que é "do coração". Poderia ser o "Escape" (1981), o "Raised On Radio" (1986), o "Infinity" (1978)... poderia ser (praticamente) qualquer outro. Deixarei para pensar isso no futuro.
A verdade é que "Frontiers" (1983), completando 30 anos neste 2013, dispara como um dos favoritos. Pouca novidade até aí, o disco traz um caminhão de hits e mostra a banda em seu auge.
Mas o ano comemorativo permite a reflexão da importância desta injustiçada banda que, como todas do estilo Hard/AOR, ficaram com fama de "bregas".
Não sei ao certo de onde vem isso. O Journey, com discos essenciais como o aqui tratado, lidera uma linha com STYX, Foreigner, Asia, Toto, Kansas... o Winger teve um pé ali, também em sua carreira solo... mesmo saindo do Hard propriamente dito, podemos citar Alan Parsons... enfim, bandas/artistas geniais, sofisticados, que buscaram em suas carreiras um lado mais teatral, prezando por fortes arranjos harmônicos e vocais marcantes, carregando toda uma aura progressiva aliada ao poder do Hard Rock...
O Journey concilia todos esses fatores, e esse disco é uma prova concreta disso. Os vocais performáticos e intensos de Steve Perry falam por si só, um marco na história do rock. Toda a sofisticação que agregaram ao estilo. O poder, e o sucesso atemporal de suas composições, inclusive bastante variadas entre si.
Nada disso pode passar batido em face do preconceito de muitos.
30 anos do histórico "Frontiers"!
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