segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

FROM THE HEART:
Nightwish - "Century Child" (2002)




O Nightwish é uma banda inovadora?! Sim, foi em seus 3 primeiros álbuns, criando belas atmosferas por meio de um som até bombástico e, à época, bastante único. Se pensarmos que o chamado "metal melódico" (incluindo um certo "metal sinfônico") alcançava um 'boom' naqueles fins dos anos 90. Tuomas Holopainen despontava como um "mini gênio" do heavy metal, sendo de fato um prodígio nos teclados. E havia a voz belíssima de Tarja Turunen, e a até então bem sacada aplicação de seus vocais fortes, operísticos, a um lado Heavy avassalador.


Hoje, tudo isso soa banalizado. Milhares de "cópias" do estilo consolidado pelo Nightwish se espalharam, o estilo em si caiu num "mais do mesmo" terrível, e definitivamente a palavra "inovação" pouco ou nada poderia ser aplicada à nova realidade da cena.


Mas trato aqui do ápice criativo de Tuomas, Tarja & cia. No até pouco badalado "Century Child" (2002), quarto disco do grupo. Vários fatores contribuíram para tornar o disco algo único. Tarja equilibrou vocais mais "limpos", alternando com o alcance mais apoteótico de sua voz - faceta ainda presente, mas melhor utilizada em todos os sentidos. Esse fato casou ainda mais com a entrada de Marco Hietala, baixista que passou a fazer os fortes vocais masculinos, com uma voz limpa bastante característica e intensa, alternando com a voz rasgada e até gutural.

Todo o lado lírico do disco é muito bem feito, e a impressão era o de quê o Nightwish era uma banda exemplar, que soube se reinventar e que não haveria limites para sua criatividade, especialmente com os variados recursos de seus componentes. O disco seguinte, "Once" (2004), foi um sucesso de vendas, a banda até ficou mais agressiva em certos momentos, emplacou hits e podia ter feito história.


Mas não foi o que ocorreu. Com a saída de Tarja Turunen, Tuomas se mostrou perdido. Seu som perdeu vigor, e passaram a apostar em fórmulas já vistas e revistas, por eles e por seus seguidores. Tem coisa pior que uma banda se tornar cópia de si mesma? Ou disso para baixo...

Não era o caso, pois, de "Century Child", disco que o blog recomenda com uma ouvida mais atenta e livre de preconceitos...


Nightwish - "Century Child" (2002)





"There's a poison drop in this cup of Man"



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