terça-feira, 21 de abril de 2020

DISCOS DA DÉCADA 10: B






Seguimos destacando alguns artistas com grandes álbuns que podem ter passado desapercebidos pela última década, nos nossos especiais e nas nossas grandes listas anuais.


Na letra "B", já destacamos devidamente artistas como Baroness, Behemoth, Bent Knee, Black Mountain, Brujeria
Body Counto projeto Blackfield de Steven Wilson, o The Black Queen de Greg Puciato, o ótimo "Neighborhoods" do Blink 182, o mestre Buddy Guy, o rapper Big K.R.I.T., dentre outros.


Vamos pescar mais alguns:




BADBADNOTGOOD

Um dos grandes grupos formados nesta década nos traz Chester Hansen (baixo), Matt Tavares (teclados), Alexander Sowinski (bateria) e Leland Whitty (sax) com um instrumental que transita pelo jazz, fusion e hip hop de modo sublime e empolgante. Com quatro discos nomeados de "I" a "IV", nosso destaque vai para a obra de 2015, "Sour Soul", com os vocais de ninguém menos que Ghostface Killah! Agora em 2020, Matthew e Leland acabam de lançar o álbum "Visions".




BAND OF DOGS


Trata-se de um interessante projeto do baterista francês Philippe Gleizes. Voltado a um jazz diferente e diversificado, com momentos de muita intensidade. Um segundo álbum já está anunciado para 2020!




BARRETT MARTIN 


Aqui mais um baterista, Barrett Martin ficou conhecido por seu trabalho ao lado do icônico Screaming Trees, e contribuições junto a Skin Yard, Mad Season, REM e até ao brasileiro, ex-Titãs, Nando Reis. O que poucos destacam é uma instigante carreira solo, com o Barrett Martin Group. "Atlas" (2011) e "Transcendence" (2019) nossos destaques!







BASSEKOU KOUYATE

Ao lado de sua esposa Amy Sacko, o artista do Mali apresentou sólidos discos ao com seu grupo, Ngoni Ba. Kouyate toca o Ngoni, espécie de banjo. Teve destaque mundial com o belíssimo disco de 2019, "Miri".




BATTLES


Outro dos favoritos do blog, o grupo iniciou a década já não contando com o genial Tyondai Braxton, mas emplacou três discos sempre interessantes e originais: "Gloss Drop" (2011), "La Di Da Di" (2015) e "Juice B Crypts" (2019). "Gloss Drop" sendo nosso maior destaque, contando com participações de Kazu Makino (Blonde Redhead), Yamantaka Eye (Boredoms) e até mesmo Gary Numan!




BECK

O icônico artista noventista liberou vários singles ao longo da década, e ainda três bons discos completos: "Colors" (2017), "Hyperspace" (2019) e nosso destaque "Morning Phase", de 2014.





BEHOLD... THE ARCTOPUS

Das favoritas aqui da casa, mas pouco reconhecida na cena, essa insana e criativa banda americana liberou dois petardos nos últimos anos: "Horrorscension" (2012) e "Cognitive Emancipation" (2016). Retornam com mais em 2020... essenciais!




BELONG

Aqui tratamos do duo americano que em 2006 havia lançado o elogiadíssimo "October Language" e, nesta década, nos brindou apenas com uma competente nova obra: "Common Era" de 2011. Não deixe de conferir!




BEN FROST

Falando em música instrumental, um verdeiro destaque no período foi o artista australiano, radicado na Islândia, BEN FROST. Dentro do que seria um industrial minimalista, mas em tantos momentos trazendo bastante peso, atingiu a maturidade definitiva nesta década por meio de uma série de álbuns e trilhas - incluindo a da série "Dark", do Netflix.


Nosso destaque absoluto vai para a obra "A U R O R A", de 2014. Indispensável!







BETWEEN THE BURIED AND ME

O BTBAM já foi muito bem destacado em diversas oportunidades neste blog, banda única e que traz uma complexidade criativa ao metal.


Mas seus membros têm que ser investigados a fundo: THOMAS GILES, artista inquieto e que possui uma carreira solo muito original desde o auto-intitulado "Giles" (2005) até o recomendadíssimo "Don't Touch The Outside" (2019) - perpassando por um prog/indie rock eletrônico difícil de descrever; e ainda DAN BRIGGS, que passou pelos projetos Nightmare Scenario, Orbs, Trioscapes e, nosso destaque absoluto, o Nova Collective de 2017.




BEYONCÉ

Responda rápido: Beyoncé, de fato, tem um disco sequer abaixo da média em sua carreira? Ao contrário, apenas mostrando evolução e maturidade ao longo de "4" (2011), "Beyoncé" (2013) e "Lemonade" (2016), a musa ainda encerrou a década com o poderosíssimo live "Homecoming" (2019). Mas nosso maior destaque vai para sua parceria com o marido Jay Z, ao formar o que seria o The Carters, em 2018, com o ótimo disco "Everything Is Love".




BILL FRISELL

Indispensável guitarrista de incrível discografia, seguiu produtivo nesta década, com nosso destaque para "Music IS" (2018) e "Harmony" (2019) - este último com os belíssimos vocais de Petra Haden e já lançado pelo selo Blue Note.







BIRDS IN ROW

Grupo francês para deixar espertos os fãs de um hard/metalcore com bastante personalidade. Ouça "You, Me & The Violence" (2012) e "We Already Lost The World" (2018)!




BITCHIN' BAJAS


Cooper Crain (ex- Cave) iniciou a década com esse belíssimo projeto, com destaque ao auto-intitulado BITCHIN BAJAS de 2014, e colaborações com nomes como o Natural Information Society ensemble (de Joshua Abrams), o músico Bonnie Prince Billy e a diretora Olivia Wyatt.




BLACK COUNTRY COMMUNION


Com três discos na década, o grupo fez bastante barulho na cena, e com justiça, pois reúne ninguém menos que Glenn Hughes (baixo/vocais), Joe Bonamassa (guitarra), Derek Sherinian (teclados, ex-DreamTheater) e Jason Bonham (o filho do homem, bateria). Quer mais?




BLACK MIDI

Um dos principais discos de 2019, último ano da década aqui tratada, trouxe de Londres a grande surpresa BLACK MIDI: variedade instrumental a serviço de um som criativo e truncado, demonstrado ao longo da elogiada e indispensável obra de estreia "Schlagenheim".




BLACK PEAKS


Grupo inglês que já destacamos por aqui, e pelo qual não passamos imunes. Com três discos na década, coube até agora a "All That Divides" (2018) mostrar o melhor da promissora banda progressiva, difícil de rotular...




BLACK STRING

Se o Black Peaks é difícil de rotular, o que dizer o grupo coreano BLACK STRING, que transita de modo sublime (e sutil) por um jazz fusion, world/folk muito próprio e diversificado - trazendo à frente o insólito geomungo, instrumento de cordas tocado pela belíssima Yoon Jeong Heo. Duas obras absolutamente essenciais nesta década: "Mask Dance" (2016) e "Karma" (2019). Pouco falados, não deixe passar!




BLACK TO COMM

O artista experimental alemão Marc Richter, sob a alcunha BLACK TO COMM, já vinha lançando seus trabalhos, mas se consolidou nesta década por meio do insólito "Coldplay, Elvis & John Cage" ‎(2011), nosso destaque "EARTH" (2012), o auto-intitulado "Black To Comm" (2014), e a dobradinha "Before After"/"Seven Horses For Seven Kings" (2019). Mais um gênio escondido na década que você não pode deixar de conferir!







BLANCK MASS

Projeto de Benjamin John Power, do ótimo duo eletrônico Fuck Buttons, eis outro dos favoritos do blog. Possivelmente, não faríamos uma lista de melhores da década sem os quatro álbuns lançados pelo BLANCK MASS, em especial os insanos "World Eater" (2017) e "Animated Violence Mild" (2019).




BL'AST

Cultuado grupo de rock noventista da cena californiana, se separou em 1991 e se perdeu em formações. Com dois membros originais, Mike Neider e Bill Torgerson, e a ajuda de nomes como Dave Grohl (Foo Fighters) e William Duvall (Alice In Chains, mas que já formou o próprio Blast no passado), fizeram uma releitura do clássico disco "It's In My Blood!" (1987), agora sob o nome de "Blood!" (2013). Em seguida, fizeram o mesmo com "The Power Of Expression" (1986), agora "The Expression Of Power" (2014). Ótimos discos!




BLOOD INCANTATION


Não dá para ficar imune ao que foi o ótimo álbum "Hidden History Of The Human Race", que agitou a cena extrema em 2019. Disco imperdível!




THE BLOOD OF HEROES

Temos aqui um projeto que conta com o sempre produtivo e criativo Justin Broadrick (Godflesh), o referencial Bill Laswell, Douglas Bennett (aqui, Dr. Israel, ligado ao jungle e que também já havia aparecido em projetos como o Method Of Defiance), o programador Enduser (Lynn Standafer), além de KJ Sawka (Destroid, Pendulum) e o húngaro Balázs Pándi na bateria. O experimentalismo entre o dub e o industrial, na pegada que você imagina vindo de membros como os citados, vale a conferida em ambos os discos lançados na década!







BLOOD ORANGE

Aqui, mudamos radicalmente o estilo e vamos para Dev Hynes, ou Devonté Hynes, e que já havia lançado trabalhos sob o nome Lightspeed Champion. O produtor de alguns gigantes, do indie ao eletrônico, juntou influências e consolidou ao longo da década um R&B com aquele raro trunfo de não soar genérico. "Negro Swan", de 2018, deve ser conferido!




BLOODBATH


O cultuado supergrupo sueco que junta membros de Katatonia e Opeth teve nesta década um tal de "Old Nick" nos vocais... ninguém menos que Nick Holmes do paradise Lost, voltando a beber de suas origens extremas. Eis as infernais e imperdíveis obras "Grand Morbid Funeral" (2014) e "The Arrow Of Satan Is Drawn" (2018).




BLUE COUPE


A junção de Dennis Dunaway (do grupo clássico de Alice Cooper) com Joe e Albert Bouchard do Blue Öyster Cult gerou este ótimo BLUE COUPE, que em lançou "Tornado On The Tracks" (2010) - com Robby Krieger (The Doors) - e ainda "Million Miles More" (2013) e "Eleven Even" (2019).




BLUT AUS NORD

Esquecida banda francesa do black metal vanguardista, possui extensa discografia desde os anos noventa. Nesta década, seguiram com discos muito belos, e ótimos trabalhos de guitarra, como na trilogia "777", entre 2011 e 2012, até o ótimo "Hallucinogen" de 2019.




BNNT


Primoroso grupo americano formado por Michal Kupicz e Patrick Higgins (que também forma o grupo experimental Zs). O caótico "Multiverse", de 2017, contou com a participação de ninguém menos que o icônico Mats Gustafsson. Um dos grandes discos da década!







BOARDS OF CANADA

O grupo eletrônico escocês que ganhou o mundo com o clássico "Music Has The Right To Children" (1998), atacou apenas uma vez nesta década, porém foi certeiro: o maravilhoso "Tomorrow's Harvest", de 2013. Obrigatório!




BOBBY PREVITE


O exímio baterista detém extensa carreira solo e trabalhos ao lado de John Zorn, Elliot Sharp, Tim Berne, Wayne Horvitz, Charlie Hunter dentre tantos nomes da free music. Em 2016, lançou uma pouco falada obra prima, recheada de convidados: o álbum "Mass" contou com Stephen O’Malley (Sunn O))), Marco Benevento, Reed Mathis, Mike Gamble, o lendário tecladista Jamie Saft, dentre outros. Pérola!




THE BODY


Isso é ouro puro. O THE BODY é um grupo experimental do fim dos anos 90, mas que nesta década foi de fato produtivo, com ótimos discos como "I Have Fought Against It, But I Can't Any Longer" de 2018. Mas é aos trampos colaborativos que voltamos nossa atenção. Obras ao lado de grupos igualmente geniais como o sludge Thou, o extremo e caótico Full Of Hell e, em especial, o similar Uniform - com este último destacamos a dobradinha "Mental Wounds Not Healing" (2018) e "Everything That Dies Someday Comes Back" (2019). Confira!




BODY/HEAD


Aqui falamos de um projeto experimental de Kim Gordon, ao lado do guitarrista Bill Nace, e que fez óbvio sucesso aos órfãos de Sonic Youth. Três discos, sempre vale a viagem!




THE BOOK OF KNOTS


Um grupo que junta o casal da cena experimental americana, Matthias Bossi e a indefectível Carla Kihlstedt (Sleepytime Gorilla Museum, Rabbit Rabbit Radio, Cosa Brava, etc), com o produtor Joel Hamilton e o baixista Tony Maimone (ex-They Might Be Giants, ex-Pere Ubu, e que também esteve com o Blood Of Heroes citado acima).


O maravilhoso álbum "Traineater", de 2007, é dos favoritos deste blog. Porém, o grupo repetiu a dose em "Garden Of Fainting Stars", de 2011, onde nomes essenciais da vanguarda moderna como Mike Watt, Shahzad Ismaily, Moe! Staiano e Trey Spruance dão as caras. Imperdível!







BOOTSY COLLINS


Impossível não falar do magistral baixista BOOTSY COLLINS, que segue produtivo com shows imperdíveis e dois álbuns solo na década: "Tha Funk Capital Of The World" (2011) e "World Wide Funk" (2017). Algumas colaborações notáveis, como no aclamado disco "Isolation" da cantora Kali Uchis, no "I'm Back! Family & Friends" de Sly Stone, e no álbum de estreia do grupo japonês Asterism.




BORIS

Grupo experimental japonês de sólida discografia e colaborações - dentre as quais, o obrigatório e obscuro artista Merzbow. Da longa lista de lançamentos, só nesta década, podemos destacar "Heavy Rocks" (2011), "Präparat" (2013) ou "Urban Dance" (2015). Mas nossa surpresa e recomendação fica por conta da inusitada colaboração com Ian Astbury (The Cult) no disco "BXI", de 2010, que traz uma curiosa versão para o clássico "Rain" do Cult.




BOYGENIUS

A aproximação entre três importantes mulheres/revelações da década, Julien Baker, Phoebe Bridgers e Lucy Dacus, nos trouxe uma obra muito bonita e bem sacada em 2018, autointitulada BOYGENIUS. Vale olhar para os discos de cada uma, mas nosso destaque vai para o ótimo disco conjunto.




BRAD MEHLDAU


Exímio pianista, com nosso destaque indo para um curioso projeto ao lado do também genial baterista Mark Guiliana. Batizado "Mehliana", o disco "Taming The Dragon" de 2014 é impecável. Uma viagem de piano, bateria, efeitos e vocalizações. Absurdo!







BRING ME THE HORIZON


Aqui um grupo daqueles que sempre sofreu algum preconceito da cena metálica, por surgir num contexto mais moderno e/ou comercial, mas que sofreu aquela louvável maturação do tempo - e até curto tempo. Em 2013, já havia ganho parte da crítica no competente disco "Sempiternal". Mas em 2019, uma espécie de consagração definitiva veio com o surpreendente e original "AMO", um dos destaques obrigatórios daquele ano para este blog!




BRITTANY HOWARD

Este blog passou um tanto imune ao que foi a grande (e não injusta) aclamação da crítica pelos discos da banda revelação Alabama Shakes e sua forte pegada blues rock. Dois álbuns que, de fato, traziam boas canções e cujo destaque, em especial ao vivo, era a intensidade da vocalista Brittany Howard. Porém, este blog realmente se empolgou ao saber do disco solo da artista em 2019, o excelente "Jaime". Aqui, esqueçam um pouco os clichês do blues e vamos para um disco diversificado, sem perder na autenticidade que marca a carreira de Brittany. Um dos ótimos discos da década, que não seja esquecido!




THE BUDOS BAND


Da vasta seleção da Daptone Records, que nesta década inclusive nos trouxe excelentes álbuns do infelizmente falecidos Sharon Jones e Charles Bradley, correram por fora dois discos do fenômeno afrobeat THE BUDOS BAND - que já havia sido bombástico na década anterior e banda de apoio nos discos, inclusive, dos artista citados. "Burnt Offering" (2014) e, em especial, "Budos Band V" (2019), trouxeram uma sonoridade ainda mais pesada e visceral em determinados momentos. Confira, mesmo que não seja tua praia!




THE BUG X EARTH


O artista inglês Kevin Richard Martin, THE BUG, já se destacava entre o dub, trip e eletrônico, até atingir um nível de experimentalismo que o levou a, em 2017, lançar o épico caótico "Concrete Desert", ao lado do EARTH - exatamente, o icônico grupo drone/doom. Obrigatório!







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