Voltamos a discutir alguns lançamentos do Hard Rock deste 2014, seguindo o que já fizemos com os ótimos KXM e WINGER - sendo que, junto deste último, apontamos igualmente os competentes e empolgantes álbuns do BROTHER FIRETRIBE e do H.E.A.T.
Retornamos com o play do indispensável SEBASTIAN BACH. Já tratamos de sua importância e fizemos um resumo de sua ótima carreira (aqui), que agora ganha este novo capítulo.
Infelizmente, como já foi lançado há alguns meses, já temos a repercussão do trabalho, e ela NÃO foi boa. Fãs e mídia desceram a lenha no disco - e, a nosso ver, o fizeram de modo INJUSTO.
Já tratamos de Sebastian aqui. Fez história com o Skid Row, emprestou sua privilegiada voz a grandes projetos, alcançou até mesmo a Broadway... e sua atual carreira solo foi bombástica desde o início, tendo em "Angel Down" (2007) seu ponto mais alto e sólido. Também anotamos que claramente sua carreira foi voltada a um Hard aliado a um moderno Heavy Metal, ao que as incursões metálicas do novo disco não podem ser tidas como demérito.
As críticas poderiam ser focadas em sua voz, que, na recente turnê de "Kicking & Screaming", deu sinais claros de esgotamento. Entretanto, em estúdio, não é o que se nota - logo, novamente, não subsistindo as críticas ao material.
O último dos pontos seria eventual "falta de originalidade". Porém, trabalhando a voz em estúdio, e ao lado de uma excelente banda de apoio, Sebastian ainda tem muito o que mostrar. Especialmente quando se aventura em canções propriamente Heavy, algumas trazendo toda uma aura mais arrastada e cortante, que sempre caíram muito bem com sua versátil voz. Não, não é um primor de originalidade... mas cobrar isso dele, a essa altura, e sendo este apenas seu 3º disco solo... nos parece exagero da crítica.
Vale a ouvida:
Sebastian Bach - "Give 'Em Hell" (2014)
A segunda boa surpresa de 2014, também de um monstro do porte dos citados Kip Winger e Sebastian Bach, é a empreitada solo de NEAL SCHON (Journey).
Disco maduro e que remete ao melhor de sua banda principal, contando com o apoio e vocais de MARCO MENDOZA (Thin Lizzy, Blue Murder, Whitesnake, Soul Sirkus) e do familiar baterista DEEN CASTRONOVO (Journey, Steve Vai, Tony MacAlpine, Soul Sirkus).
Sim, é praticamente um disco do sempre louvável Journey.
E vale muito a pena:
Neal Schon - "So U" (2014)
Por fim, um destaque um tanto NEGATIVO. Mais uma banda que se perde com a saída do mestre Mike Portnoy, o promissor ADRENALINE MOB lança um disco pouco inspirado para ser o segundo de sua carreira, sucessor do excelente e inovador "Omertá" (2012).
Sim, você ainda encontra aqui as gordas guitarras, o peso e a pegada quase hard do supergrupo (que ainda conta com Russel Allen e Mike Orlando). Porém, já sem a mesma inspiração e capacidade criativa. Faltou ousadia para um segundo e maior passo na carreira.
Parece incoerência cobrar inovação do Adrenaline, se não fizemos o mesmo com Bach ou Schon acima. Porém, tratam-se de artistas já clássicos, em que cabe avaliar se são artistas em forma e capazes de lançar algo no todo empolgante e condizente com carreiras tão vitoriosas - o que avaliamos que SIM!
Já para uma banda nova como o Adrenaline, acomodação logo no 2º disco soa preocupante, e aguardamos por uma virada na trajetória do competente e estrelado grupo - como o alto voo que os vimos alçar em sua já clássica estreia.
Adrenaline Mob - "Men Of Honor" (2014)
http://www.sebastianbach.com/
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http://www.deencastronovo.net/
http://adrenalinemob.com/
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