quinta-feira, 24 de julho de 2014

MUSE




Os ingleses do MUSE são responsáveis por algumas das maiores obras lançadas do ano 2000 para cá. "Maiores" no sentido de terem alcançado o que parece ser o (impensável) balanço perfeito entre, de um lado, a VARIEDADE, os EXPERIMENTALISMOS, a ORIGINALIDADE;  e, do outro, a capacidade de se tornarem influentes por conta disso, emplacando hits e soando inacreditavelmente ACESSÍVEIS.


Não é pouca coisa! Logo em seus primeiros discos, a banda se enveredava por caminhos e composições um tanto complexas - tanto que chamaram de pronto a atenção no âmbito progressivo. Por aquele tempo, não era difícil ver desde o líder o DREAM THEATER, Mike Portnoy, os citando como influência... até nomes como Tilo Wolff do soturno Lacrimosa.


Do marco e já clássico "Absolution" (2003) para frente, a banda apenas se agigantou, mais e mais. Não apenas abriam shows para grandes nomes, como já lotavam eles mesmos arenas pelo mundo, sendo headliners de festivais e assim por diante. Até hoje, parece não haver limites para o grupo, a quem muitos tacham até mesmo de "megalomaníaco" - o que, para este blog, não é demérito algum, sendo que a originalidade e grandiloquência do grupo não devem ser tomados, de qualquer modo, como algo pejorativo.





Talvez um dos grandes nomes a surgirem neste século (o debut é de 1999) - para aqueles que sempre pedem por novos "grandes nomes", não sabemos bem porquê - mais dois fatores atraem a atenção na banda.


O primeiro deles começamos a tratar acima, e vamos além. Como uma banda tão complexa consegue se estabelecer tão solidamente e atrair tanto público? Sabemos que o mainstream não costuma ser benevolente com bandas que saem muito do comum, que jogam com muitos elementos, que são criativamente inquietas. De um modo ou de outro, o MUSE consegue lançar discos diferenciados entre si, e mesmo com influências diversas dentro de uma mesma obra, e ainda assim agradar e emplacar seus sucessos.


Isso é bom, mexe com um público que costuma ser adestrado demais, conformado demais. É absolutamente incrível haver uma banda que tem carta branca para, na grande mídia, com grandes turnês, partir do alt/indie, atingir o Prog/Heavy ("Absolution"), e usar para isso desde orquestrações (como em "The Resistance", de 2009), até a latente aura pop e até eletrônica, indo bater até mesmo no dubstep ("The 2nd Law", de 2012).



Nada com o MUSE é certinho demais ou soa de qualquer modo insípido - crítica feita, por exemplo, ao Coldplay, de inegável talento, mas a quem parece sempre faltar "algo a mais". Eis outro trunfo do MUSE: soar intenso!



Sim, INTENSIDADE é outro elemento que podemos pôr lado a lado aos demais citados no início deste texto. O indefectível Matthew Bellamy se usa do poder de suas canções para depositar garganta e coração em cada interpretação. Isso faz MUITA falta no mundo da música... em especial na atual!



Por fim, há quem, em contrassenso a tudo o aqui exposto, aponte para suposta falta de originalidade do grupo... como que os acusando de beber em fontes que bandas clássicas como Beatles, Queen, U2, Radiohead e tantos outros já são mestres. Mas mesmo assim, fica a pergunta: um grupo que junta tantas boas influências, e com tanta personalidade e variedade de elementos... não merece os holofotes?


Na opinião deste blog, merece... e mais que qualquer outro!



OUSADOS E GIGANTES!



http://muse.mu/
http://en.wikipedia.org/wiki/Muse_(band)






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