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Quando Tom G. Warrior, Thomas Gabriel Fischer, voltou com o referencial CELTIC FROST em 2006, no ótimo "Monotheist", era certo dizer que estava em grande forma e ainda poderíamos esperar muito dele e de seus projetos - uma constante em sua carreira.
Em 2014 (conforme lembramos aqui), finalmente um desses projetos, o TRIPTYKON, ganhou um segundo álbum (o primeiro, já certeiro, havia sido lançado em 2010). E que belíssima obra de heavy metal!
Soturno, denso e intenso, como todo lançamento pede... e feito pelas mãos de um dos grandes e mais subestimados mestres da cena! Incrível pensar como o macabro suiço, criador de "To Mega Therion", lá em 1985, ainda voa tão alto 30 anos depois!
Com a bizarra e irreverente classificação "nihilist suicide pop", é um pazer falar sobre este grupo italiano, que vem há mais de uma década conquistando fãs e fazendo seu nome na cena industrial / gótica europeia.
Em 2005, uma já famosa parceria com os soturnos suecos do ORDO ROSARIUS EQUILIBRIO (outro grupo que merece toda nossa reverência) já alavancou a banda - o split vinha com o delicioso nome de "Satyriasis, Somewhere Between Equilibrium & Nihilism".
O título brincava com o já ótimo disco dos italianos, "Nihilist Cocktails For Calypso Inferno" (2001), aliado ao clássico dos suecos, "The Wedlock Of Equilibrium" (2001), segunda parte do épico "Make Love And War" iniciado em 2000.
Voltando ao SF, sua obra de maior originalidade e impacto viria no ano seguinte, em "Armageddon Gigolo" (2006). A personalidade do vocalista Simone Salvatori e o estilo criativo da banda passaram a chamar a atenção e emplacar seu nome - sucesso esse que alcançaria, após breve hiato, o também ótimo "Rotten Roma Casino" de 2010.
A novidade agora fica por conta da união com Cypress Grove e ninguém menos que Lydia Lunch(teria nome melhor após todo o descrito acima?), no promissor "Twin Horses" - split entre os dois artistas, que já ganhou (um sempre perturbador) vídeo de divulgação por parte do SF.
Um dos grupos mais irreverentes e originais do heavy metal mundial, infelizmente, para variar, passou despercebido com seus três excelentes discos, lançados ao longo da última década. Tamanha criatividade infelizmente se encontra em estagnação, com nenhum novo álbum na praça, embora seja obrigatório a nós continuar a seguir seus ativos e produtivos membros.
E quem são eles?
A musa e referência CARLA KIHLSTEDT dispensa apresentações. Atualmente com dois lindos discos aos lado de Matthias Bossi (seu marido e também membro do SGM), no bem sacado Rabbit Rabbir Radio, além de contar com recentes colaborações em discos de Fred Firth (e também em seu projeto Cosa Brava), Aaron Novik, Causing A Tiger, The Book Of Knots, Tin Hat Trio, além das insólitas Charming Hostess.
Mas dando toda uma dinâmica e peso à sonoridade dos dois citados, a eminente figura de NILS FRYKDAHL os liderava, sendo que sua cultura vanguardista já vinha dos tempos do icônico IDIOT FLESH - banda inexplicavelmente pouco citada na cena heavy, tamanha sua criatividade e ousadia ao longo dos anos 90. Não apenas, mas também através do ótimo Faun Fables, ao longo da década passada, e da MOE! STAIANO MOE!KESTRA!, mostrou toda sua diversificação musical.
Moe Staiano que, diga-se, completava este poderoso time americano que era o Sleepytime!
O som? Imagine (sempre as tais balizas, meramente norteadores, mas nada que dispense ouvir você mesmo cada disco) algo como o UneXpect fez, o próprio Book Of Knots (aí nem conta, pois banda da mesma "família"), ou algo como hoje faz o Vulture Industries. Não apenas, mas muito do que o IDIOT FLESH consolidou nos anos 90 ali reside, é óbvio. Os experimentalismos de Mike Patton, Melvins, Dillinger Escape Plan, Mastodon e outros inovadores também são pertinentes neste arriscado paralelo.
Mas nada como ouvir este grupo, que deixa (já) saudades na produtiva cena dos anos pós-2000.
O gigante ENSLAVED vem na leva de bandas extremas da Europa, que sofisticaram seu som, em especial, grande parte delas, a partir dos anos 2000.
O turning point, que aqui já citamos ao falar sobre o igualmente excelente Rotting Christ, e nisso mencionando outros trabalhos de encher os olhos de grupos como Emperor, Dimmu Borgir, Mayhem, Arcturus, Peccatum, Samael, Transcending Bizarre?, Hail Spirit Noir, Oranssi Pazuzu, Kovenant, dentre tantos, no caso destes noruegueses se deu no épico "Monumension" (2001) - se é que é possível precisar, dentro do criativo trabalho da banda, o disco que se deu a nuances mais grandiosas.
Mas fato é que a discografia recente traria já clássicos como "Isa" (2004), "Vertebrae" (2008) e "Axioma Ethica Odini" (2010). Os limites criativos foram forçados, e a capacidade de variar do extremo para climas insólitos, eminentemente progressivos e altamente viajantes, causou impacto nos ouvintes e na cena, alcançando prêmios e reconhecimento da mídia especializada.
Infelizmente, não pareceu ser o bastante para a banda, que tratamos por aqui como "gigante", de fato vir a sê-lo. Mas sem dúvidas, faz por merecer, escrevendo novo capítulo em 2015:
Já pudemos citar dois bons vídeos deste 2015, com o inspirado Steven Wilson e as parcerias bombásticas de Ghostface Killah. Mas eis mais alguns para desfrutarmos, anunciando grandes obras deste início de ano:
EUROPE
Os suecos voltam em 2015 com o sucessor do excelente "Bag Of Bones" (2012), um dos grandes discos do hard rock desta década. E pelo visto, retornam em boa forma, com "War Of Kings":
THE GENTLE STORM
Após Anneke lançar alguns bons discos solo, e Arjen Lucassen não ter alcançado tanto brilho no último trabalho do AYREON ("Theory Of Everything", de 2013), embora tenha lançado ótimos discos solo e com o STAR ONE nesta década, fato é que os dois se juntam novamente, agora em projeto próprio. Sempre recomendável:
GZA
O grande nome do Clan ataca ao lado de Tom Morello (Rage Against The Machine), baseados em canção da antiga banda inglesa Babe Ruth:
MOTOR SISTER
O time formado por Scott Ian (Anthrax), Pearl Aday (esposa de Ian, filha de Meat Loaf), Joey Vera (Armored Saint, Fates Warning) e John Tempesta (The Cult) lança em março o disco "Ride":
NAPALM DEATH
Despontando como um dos favoritos deste ano, com "Apex Predator - Easy Meat" (2015), a habitual insanidade de um dos grande grupos de todos os tempos:
NIGHTWISH
Conforme já tratamos por aqui, é difícil imaginar que o Nightwish volte a ter destaque com algo realmente original, como já fizeram no passado. É a terceira "fase" da banda, agora sem Tarja Turunen (também um tanto perdida em sua discografia solo) e sem Anette Olzon, mas com Floor Jansen (ex-After Forever). Para quem ainda quiser conferir, o prodígio Tuomas Holopainen chega megalomaníaco por uma nova saga, "Endless Forms Most Beautiful" (2015):
PERIPHERY
Outra grata surpresa deste começo de ano, o ótimo Periphery (já havíamos adiantado aqui) lança disco duplo, com os lados "Alpha" e "Omega". Trata-se de "Juggernaut" (2015), também dos álbuns mais ousados do ano:
THE PRODIGY
"The Day Is My Enemy" (2015) ataca soturno, como é de costume. Sempre vale a pena:
RUN THE JEWELS
Deste já falamos bastante e destacamos como dos grandes discos do ano passado. Mas o clipe deste hit de Killer Mike e El-P só nos chega em 2015, obrigatório:
VON HERTZEN BROTHERS
Já citados entre os grandes discos de 2013, o prog bem sacado e moderno dos finlandeses tem novo capítulo em "New Day Rising" (2015):
Havíamos adiantado (aqui) que o grupo Badbadnotgood estava para lançar, finalmente, um disco ao lado de Ghostface Killah. O projeto, que já tinha suas nuances, ganhou título, "Sour Soul", com direito a música e clipe ao lado de ninguém menos que MF Doom. O resultado não poderia ser outro que não instigante:
Steven Wilson, apontado aqui como um dos grandes "donos" desta década, se revelando inspirado e produtivo mesmo na ausência do Porcupine Tree. E nesse embalo, já nos brinda com um vídeo maravilhoso, prometendo emplacar a nova obra nos tops de 2015 - como foi o caso de seu já clássico antecessor, "The Raven That Refused To Sing" (2013):