O anúncio de um novo lançamento do gigante METALLICA é algo a ser louvado!
O grupo, conforme já destacamos por aqui, tem essa tradição de uma carreira longa e sólida, de poucos - mas certeiros - lançamentos.
Ainda possuem o mérito de terem proporcionado ao menos três revoluções dentro da cena, ao mesmo tempo que dentro da própria carreira.
A saber:
Três clássicos absolutos do mais puro e originalíssimo thrash metal, nos anos 80 (Kill, Ride e Master), onde se consolidaram como reis do Big 4 e de todo o estilo.
Após, um disco magnífico de transição ("And Justice..."), para o que seria o primeiro grande racha, a entrada nessa segunda fase, ou revolução, que foi o "Black Album" em 1990. Nunca, nem Metallica e nem o metal soaram daquela maneira única.
Por fim, entre os anos 90 e os 2000, inúmeras crises que passaram por reabilitação, rachas internos, mudança de formação, polêmicas diversas e discos contestadíssimos (se o "Black Album" sofrera resistência de puritanos, os Loads e, em especial, o "St. Anger" de 2003 sofreram muito mais), eis que se abriram as portas para a terceira e duradoura fase de bonança: uma banda madura, renovada e em seu novo auge.
A mensagem foi clara: não subestimem um gigante!
Entretanto, esta terceira e não menos revolucionária fase carece de álbuns de estúdio. Turnês vitoriosas e técnica incontestável parecem apagar o fato de esta fase contar tão somente com o solitário (porém ótimo) "Death Magnetic" (2008).
Erroneamente, "Lulu" (2011), disco de LOU REED em parceria com o Metallica, muitas vezes é considerado como um disco de James Hetfield & cia. Quando, na verdade, é um disco (absolutamente GENIAL, diga-se) de LOU REED. O Metallica é apenas a banda ali presente, em outra grande sacada do falecido mestre.
Em suma, eis o contexto do anunciado "Hardwired... To Self-Destruct", ainda para este ano. Ele tem a missão de mostrar um Metallica acima da média, condizente com sua carreira e com seu momento ao vivo, que ainda é fortíssimo (outro exemplo: já estão escalados para o improvável Lollapalooza Brasil de 2017).
A faixa divulgada, não surpreende, se assemelha muito a "My Apocalipse", do disco anterior. Pegada furiosa, de modo a fazer muito fã desavisado e/ou saudoso bradar pela tal "volta às raízes". Quando, na verdade, a fria análise apontará para mais um lançamento na linha do que fizeram do Load em diante. E isso está longe de ser ruim - vide a ótima mescla em "Death Magnetic", além das ótimas faixas do injustiçado "St. Anger!", onde discute-se mais produção do que a qualidade das faixas em si.
Candidato a disco do ano, claro, por se tratar da maior banda do heavy metal, que extrapolou o estilo para o universo! Ouçam e aprendam:
Metallica - "Hardwired... To Self-Destruct" (2016)
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